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quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

COMO IDENTIFICAR UMA SEITA

26.12.2013
Do blog  UNIÃO DE BLOGUEIROS EVANGÉLICOS, 24.12.13
Por Pr. Elias Ribas*

Conheça as cinco características comuns e marcantes das seitas

Uniao de Blogueiros EvangelicosExistem milhares de religiões neste mundo, e obviamente nem todas são certas. O próprio Jesus advertiu seus discípulos de que viriam falsos profetas usando Seu nome, e ensinando mentiras, para desviar as pessoas da verdade (Mt 24.24). O apóstolo Paulo também falou que existem pessoas de consciência cauterizada, que falam mentiras, e que são inspirados por espíritos enganadores (1ª Tm 4.1-2). Nós chamamos de seitas a essas religiões. Não estamos dizendo que todos os que pertencem a uma seita são desonestos ou mal intencionados. Existem muitas pessoas sinceras que caíram vítimas de falsos profetas. Para evitar que isto ocorra conosco, devemos ser capazes de distinguir os sinais característicos das seitas. Embora elas sejam muitas, possuem pelo menos cinco marcas em comum:
1. Elas têm outra fonte de autoridade além da Bíblia.

Enquanto que os cristãos admitem apenas a Bíblia como fonte de conhecimento verdadeiro de Deus, as seitas adotam outras fontes. Algumas forjaram seus próprios livros; outras aceitam revelações diretas da parte de Deus; outras aceitam a palavra de seus líderes como tendo autoridade divina. Outras falam ainda de novas revelações dadas por anjos, ou pelo próprio Jesus. E mesmo que ainda citem a Bíblia, ela tem autoridade inferior a estas revelações.
2. Elas acabam por diminuir a pessoa de Cristo.

Embora muitas seitas falem bem de Jesus Cristo, não o consideram como sendo verdadeiro Deus e verdadeiro homem, nem como sendo o único Salvador da humanidade. Reduzem-no a um homem bom, a um homem divinizado, a um espírito aperfeiçoado através de muitas encarnações, ou à mais uma manifestação diferente de Deus, igual a outros líderes religiosos como Buda ou Maomé. Freqüentemente, as seitas colocam outras pessoas no lugar de Cristo, a quem adoram e em quem confiam.
3. As seitas ensinam a salvação pelas obras.

Essa é uma característica universal de todas as seitas. Por acreditarem que o homem é intrinsecamente bom, pregam que ele pode acumular méritos e vir a merecer o perdão de Deus, através de suas boas obras praticadas neste mundo. Embora as seitas sejam muito diferentes em sua aparência externa, são iguais neste ponto. Algumas falam em fé, mas sempre entendem a fé como sendo um ato humano meritório. E nisto diferem radicalmente do ensino bíblico da salvação pela graça mediante a fé.
4. As seitas são exclusivistas quanto à salvação. 
Pregam que somente os membros do seu grupo religioso poderão se salvar. Enquanto que os cristãos reconhecem que a salvação é dada a qualquer um que arrependa-se dos seus pecados e creia em Jesus Cristo como Salvador (não importa a denominação religiosa), as seitas ensinam que não há salvação fora de sua comunidade.
5. As seitas se consideram o grupo fiel dos últimos tempos.

Elas ensinam que receberam algum tipo de ensino secreto que Deus havia guardado para os seus fiéis, perto do fim do mundo. É interessante que ao nos aproximarmos do fim do milênio, cresce o número de seitas afirmando que são o grupo fiel que Deus reservou para os últimos dias da humanidade.
Podemos e devemos ajudar as pessoas que caíram vítimas de alguma seita. Na carta de Tiago está escrito que devemos procurar ganhar aqueles que se desviaram da verdade (Tiago 5.19-20). Para isto, entretanto, é preciso que nós mesmos conheçamos profundamente nossa Bíblia bem como as doutrinas centrais do Cristianismo. Mais que isto, devemos ter uma vida de oração, em comunhão com Cristo, para recebermos dele poder e amor e moderação.
*Pr. Elias Ribas
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Fonte:http://www.ubeblogs.com.br/profiles/blogs/como-identificar-uma-seita-2

sábado, 7 de dezembro de 2013

"O que a Bíblia diz sobre o purgatório?"

07.12.2013
Do portal GOT QUESTIONS


Pergunta: "O que a Bíblia diz sobre o purgatório?"

Resposta:De acordo com a Enciclopédia Católica, o purgatório é “um lugar ou condição de punição temporal para aqueles que, deixando esta vida na graça de Deus, não estão inteiramente livres de erros veniais, ou não pagaram completamente a satisfação devida pelas suas transgressões”. Para resumir, na teologia católica, o purgatório é um lugar para onde uma alma cristã vai depois da morte, a fim de ser purificada dos pecados que não foram completamente pagos durante a vida. Esta doutrina do purgatório está de acordo com a Bíblia? Absolutamente não!

Jesus morreu para pagar por todos os nossos pecados (Romanos 5:8). Isaías 53:5 declara: “Mas Ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados”. Jesus sofreu pelos nossos pecados para que nós fossemos livrados do sofrimento. Dizer que nós também devemos sofrer pelos nossos pecados é dizer que o sofrimento de Jesus foi insuficiente. Dizer que nós devemos pagar pelos nossos pecados nos purificando no purgatório é negar a suficiência do pagamento feito pelo sacrifício de Jesus (I João 2:2). A idéia de que nós temos que sofrer pelos nossos pecados após a morte é contrário a tudo o que a Bíblia diz sobre a salvação.

A principal passagem das Escrituras que os católicos apontam como evidência do purgatório é I Coríntios 3:15, que diz: “Se a obra de alguém se queimar, sofrerá ele dano; mas esse mesmo será salvo, todavia, como que através do fogo”. A passagem (I Coríntios 3:15) usa uma ilustração das coisas passando pelo fogo como uma descrição das obras dos crentes sendo julgadas. Se as nossas obras forem de boa qualidade, “ouro, prata, pedras preciosas”, elas irão passar ilesas através do fogo, e nós seremos recompensados por elas. Se as nossas obras forem de má qualidade, “madeira, feno, palha”, elas serão consumidas pelo fogo, e não haverá recompensa. A passagem não diz que os crentes passam pelo fogo, mas que as suas obras passam. I Coríntios 3:15 se refere ao crente sendo “salvo, todavia, como que através do fogo”, não “sendo purificado pelo fogo”.

O purgatório, como tantos outros dogmas católicos, é baseado na má compreensão da natureza do sacrifício de Cristo. Os católicos vêem a Missa/Eucaristia como uma reapresentação do sacrifício de Cristo porque eles falham em entender que o sacrifício de Jesus, de uma vez por todas, foi absolutamente e perfeitamente suficiente (Hebreus 7:27). Os católicos vêem obras merecedoras de mérito como uma contribuição para a salvação devido a uma falha em reconhecer que o pagamento feito pelo sacrifício de Jesus não necessita de “contribuições” adicionais (Efésios 2:8-9). Da mesma forma, o purgatório é entendido pelos católicos como um lugar de purificação em preparação para o Céu porque eles não reconhecem que, por causa do sacrifício de Jesus, nós já somos purificados, declarados justos, perdoados, redimidos, reconciliados e santificados.

A própria idéia do purgatório, e as doutrinas que freqüentemente estão associadas a ela (orações pelos mortos, indulgências, obras a favor dos mortos, etc.) falha em reconhecer que a morte de Jesus foi suficiente para pagar a pena de TODOS os nossos pecados. Jesus, que é Deus encarnado (João 1:1,14), pagou um preço infinito pelo nosso pecado. Jesus morreu pelos nossos pecados (I Coríntios 15:3). Jesus é o pagamento pelos nossos pecados (I João 2:2). Limitar o sacrifício de Jesus como um pagamento pelo pecado original, ou pelos pecados cometidos antes da salvação, é um ataque à Pessoa e à Obra de Jesus Cristo. Se nós devemos em qualquer sentido pagar ou sofrer por causa dos nossos pecados, isso indica que a morte de Jesus não foi perfeita, completa, e um sacrifício suficiente.

Para os crentes, o estado pós-morte é estar “ausente do corpo e habitando com o Senhor” (II Coríntios 5:6-8; Filipenses 1:23). Note que não diz “ausente do corpo, no purgatório com fogo purificador”. Não, por causa da perfeição, completude e suficiência do sacrifício de Jesus, nós estamos imediatamente na presença do Senhor após a morte, completamente purificados, livres do pecado, glorificados, perfeitos e finalmente santificados.


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Fonte:http://www.gotquestions.org/Portugues/purgatorio.html

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

ISLAMISMO — QUEM É DEUS? COMO ELE SE REVELOU?

25.11.2013
Do portal ULTIMATOONLINE

Texto Básico: Deuteronômio 18.15-19 e João 14.15-17
Leitura Diária

Domingo: Is 9.1-7 – Cristo, o Filho de Deus
Segunda: 1Pe 3.13-22 – Jesus, santificado como Senhor
Terça: Lv 18.1-5 – Obediência ao Senhor
Quarta: 1Rs 18.20-40 – O Senhor é Deus!
Quinta: Nm 25 –Comportamento digno
Sexta: Jz 2.6-23 – O castigo aos que deixam o Senhor
Sábado: Jo 14.1-6 – Jesus é o único resgatador

Introdução
Nesta lição estudaremos uma das maiores religiões do mundo, em franco crescimento, principalmente na Europa. O islamismo é semelhante ao cristianismo em alguns aspectos: é monoteísta, é universal, crê em céu e inferno, na ressurreição futura e na revelação de Deus ao homem. Mas é só isso. As diferenças separam o islamismo do cristianismo para níveis irreconciliáveis. Essas diferenças abrangem as doutrinas mais fundamentais de cada religião. Neste estudo veremos um pouco da fé e práticas do islamismo, mas devemos ter em mente principalmente a apresentação aos islâmicos de quem é Deus e como ele se revelou.
I. A essência do islamismo
O islamismo tem um livro sagrado chamado Corão. A palavra islã significa “submeter-se” e exprime a obediência à lei e à vontade de Alá (Allah, “Deus” em árabe). Seus seguidores são chamados muçulmanos (muslin, “subordinados a Deus” em árabe). O islamismo é a segunda maior religião do mundo, com 1,8 bilhão de adeptos, perdendo apenas para o cristianismo. O Corão, que significa “leitura”, é a coletânea das supostas revelações recebidas por Maomé de 610 a 632 d.C. Dividido em 114 suras (capítulos), seus principais ensinamentos são a onipotência de Deus e a necessidade de bondade, generosidade e justiça nas relações entre as pessoas.II. A influência de Maomé O nome Maomé (570-632 d.C.) significa “digno de louvor”.1 O profeta nasceu em Meca e começou sua pregação aos 40 anos de idade, quando, segundo a tradição, teve uma visão do arcanjo Gabriel, que lhe revelou a existência de um Deus único. Na época, as religiões da Península Arábica eram o cristianismo bizantino, o judaísmo e uma forma de politeísmo que venerava vários deuses tribais. Maomé passou a pregar sua mensagem monoteísta e encontrou grande oposição. Ele não acreditava na Bíblia, e pregava que os judeus e os cristãos haviam mudado o texto original. Maomé dizia que os cristãos haviam acrescentado à Bíblia fatos como a divindade e a filiação divina de Jesus, o ensino da Trindade e a doutrina da expiação. Por isso, considerava os ensinos do Novo Testamento acerca de Jesus Cristo, o Filho de Deus, uma heresia. Ele escreveu: “…e os cristãos dizem: O Messias é o Filho de Deus. Essas são suas asserções. Erram como erravam os descrentes antes deles. Que Deus os combata”. Maomé foi obrigado a emigrar para Medina em 622 (esse fato chamado Hégira, é o marco inicial do calendário muçulmano), depois de ser perseguido em Meca. Em Medina ele foi reconhecido como profeta e legislador, assumiu autoridade espiritual e temporal, venceu a oposição judaica e estabeleceu a paz entre as tribos árabes. Quase dez anos depois, Maomé e seu exército ocuparam Meca, sede da Ka’aba, centro de peregrinação islâmica. Maomé morreu em 632 como líder de uma religião em expansão e de um Estado árabeque começava a se organizar politicamente.
III. As principais crenças e práticas islâmicas
Os muçulmanos acreditam que Deus é superior a tudo e é soberano em seus atos; que há um profeta em cada época, começando com Adão e terminando com Maomé (Jesus foi um dos 120 mil profetas); que o Corão é a revelação final,2 pois foi o último livro sagrado dado ao homem, não sendo necessário estudar os livros anteriores; que Deus mandou Satanás adorar Adão e ele se recusou; que a salvação é pelas obras; que no paraíso existem muitas virgens de olhos verdes para cada homem.
O islamismo envolve todos os aspectos da vida da pessoa (religioso, político, cultural e social) e tem como base alguns “pilares” em forma de doutrina:
 Profissão de fé: “não há outro Deus a não ser Alá, e Maomé é o seu profeta”. Esse testemunho é a chave de entrada da pessoa para o islamismo. A essência da natureza de Deus no islã é “poder”.

• Cinco orações diárias. São orações comunitárias, durante as quais o fiel deve ficar ajoelhado e curvado em direção a Meca. Um sermão com base em um verso do Corão, de conteúdo moral, social ou político, é lido às sextas-feiras.

• Taxa tributária. É o único tributo permanente ditado pelo Corão, pago anualmente em grãos, gado ou dinheiro. É empregado no auxílio aos pobres e no resgate de muçulmanos presos em guerras.

• Jejum completo. Éfeito durante todo o mês do Ramadã, do amanhecer ao pôr-do-sol. Nesse período, em que se celebra a revelação do Corão a Maomé, o fiel não pode comer, beber, fumar ou manter relações sexuais.

• Peregrinação a Meca. Deve ser feita pelo menos uma vez na vida por todo muçulmano com condições físicas e econômicas para tal. A esses cinco pilares, foi adicionado o Jihad (Guerra Santa). É o esforço pelo qual os muçulmanos querem reformar o mundo.

 O conceito de JihadO termo significa “luta”, “esforço” ou “empenho”, e no contexto religioso envolve uma luta contra o mal, assumindo várias formas:

- Jihad do coração: significa a luta contra as tendências más da natureza humana;
Jihad da boca: argumentação verbal e maldições ou imprecações, ou seja, guerra verbal;
Jihad da pena: utiliza a palavra escrita em defesa do islã (apologética islâmica);
Jihad da mão: busca promover a causa de Alá por meio de boas obras;
Jihad da espada. É a última e mais problemática forma de “jihad”. Esse aspecto domina a história e a jurisprudência islâmica. Quando essa palavra ocorre no Corão sem um qualificativo ou com o qualificativo típico “na causa de Alá”, ela invariavelmente significa um apelo ao combate físico em favor do islã.

IV. Apresentando a eles Deus e a sua revelação
Para testemunhar a fé cristã a um muçulmano é necessário contornar vários obstáculos e barreiras culturais. Algumas atitudes são fáceis de memorizar:
apertar a sua mão direita; não chamá-lo de irmão, e sim, de amigo; aceitar e retribuir a hospitalidade; evitar falar com o sexo oposto; construir amizade antes de falar de Cristo. Depois destes passos, é importante primar por uma mensagem clara, uma mensagem que apresente nosso Deus e sua Palavra.

A. A graça do nosso Deus

Quando usamos o termo “nosso” é porque Deus pode ser de todos, mediante a compreensão de si mesmo e do seu plano de salvação, por meio do Filho, Jesus Cristo, nosso Salvador. A mensagem central da Bíblia sobre a obra salvadora de Deus ao longo da história é bem clara e de fácil compreensão. O seu conteúdo básico – a criação, a queda, a redenção e a consumação – é tão simples que uma criança pode facilmente entender. A comunicação de Deus na Bíblia, como um todo, é acessível. Isso pressupõe duas premissas: primeiro, a Bíblia significa o que Deus e os autores humanos queriam que ela significasse;segundo, podemos entender esse significado. Isso, porém, não quer dizer que consigamos entender tudo no grau mais alto possível.

Se podemos entender verdadeiramente a Bíblia, então por que todos os homens não concordam plenamente a respeito do que ela ensina? O problema não está na Bíblia. O problema está nos homens, finitos e pecadores. Se não fossem os efeitos da queda em nossa mente e coração, todos interpretaríamos a Bíblia da mesma maneira. Mas o ponto a ressaltar aqui é que a mensagem central da Bíblia é clara.3
Para a maioria dos convertidos do islã, a obra conclusiva e propiciatória de Jesus Cristo na cruz tem um impacto poderoso. Eles aprenderam que a liberdade em Cristo significa liberação das obras e do medo. Ela ressalta o perdão de Cristo para todos os pecados e o pagamento de toda a dívida. A graça, na plenitude de seu significado, é uma doutrina magnífica. O islã não conhece um Deus íntimo, pessoal e amoroso. Alá é um criador e juiz impessoal. O único termo de “intimidade” no Corão diz respeito à ameaça de julgamento: estamos mais perto de Alá “que sua veia jugular” (Surata 50:16). A benevolência de Cristo na cruz e seu amor transcendente desarmam a mente muçulmana.
B. A Bíblia como Palavra do nosso Deus
Inspirada. Inspiração é como Deus soprou suas palavras por meio de escritores humanos (2Tm 3.16). O prefixo “in” na palavra inspiração induz ao erro, porque 2Timóteo 3.16 se refere a uma obra escrita que Deus soprou para fora e não a algo já existente que Deus soprou dentro e animou. O prefixo “ex” é mais preciso, mas dizer que toda a Escritura foi expirada não melhoraria a explicação. Nós estamos presos à palavra tradicional “inspirada”. A clássica definição de B. B. Warfield é mais precisa: “Inspiração é (…) uma influência sobrenatural exercida nos escritores sagrados pelo Espírito de Deus, em virtude da qual é dada divina confiabilidade aos seus escritos”.4
Inerrante. Inerrância significa que quando todos os fatos forem conhecidos, as Escrituras, nos seus autógrafos originais e corretamente interpretada, demonstrarão ser totalmente verdadeiras em tudo o que afirmam, seja com relação à doutrina, à moral ou às ciências sociais, físicas e humanas.5
Autoridade. O próprio Jesus apela para a Bíblia como a autoridade final, afirmando que não se consegue demonstrar que ela contenha erros: “a Escritura não pode falhar” (Jo 10.35; cf. Mt 5.17-20). Deus tem a autoridade suprema, pois ele criou e controla o universo. Se a Bíblia é inspirada por Deus, então ela tem a autoridade do próprio Deus. É a autoridade máxima. E não é a autoridade máxima simplesmente para “fé e prática”. É a autoridade máxima para cada área do conhecimento a que ela se dirige.
Suficiente. A Bíblia é perfeitamente suficiente para a sua finalidade. Na Bíblia, Deus nos deu tudo aquilo de que precisamos para conhecê-lo, confiar nele e obedecê-lo. “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra” (2Tm 3.16-17). A Bíblia não responde diretamente a cada pergunta que as pessoas fazem. Esse não é o propósito dela. Seu objetivo principal é revelar o Deus do evangelho, para que possamos conhecêlo e honrá-lo. A Bíblia sozinha é suficiente. Sua suprema autoridade é exclusiva.
Necessária. A Bíblia é necessária para conhecermos a Deus, confiarmos nele e obedecermos a ele. Um cristão ou um muçulmano deve, de algum modo, ouvir a mensagem da Bíblia, seja lendo-a, seja ouvindo alguém lê-la ou explicá-la. “E que, desde a infância, sabes as sagradas letras, que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus” (2Tm 3.15). “E assim, a fé vem pela pregação, e a pregação pela palavra de Cristo” (Rm 10.17).
Devemos continuar a ouvir a mensagem da Bíblia para crescer como cristãos. Isso significa lê-la, estudá-la, memorizá-la, meditar nela e aplicá-la, porque ela é exata. Um cristão precisa da Bíblia como precisa de alimento e de água. A necessidade nunca desaparece. É por isso que Pedro escreve: “desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que, por ele, vos seja dado crescimento para salvação” (1Pe 2.2). O “genuíno leite espiritual” é “a palavra de Deus, a qual vive e é permanente[...] a palavra que vos foi evangelizada” (1Pe 1.23-25). A Bíblia é necessária para mais do que a sobrevivência. É o nosso único e infalível guia para navegar na vida com sabedoria, porque ela revela a vontade de Deus.
Conclusão
Uma religião é tão estável quanto o fundamento que a sustenta.6 Tanto o islamismo quanto o cristianismo reivindicam autenticidade. No entanto, entre Maomé e Jesus Cristo, qual é o fundamento mais seguro? Maomé ensinou que há um único Deus. Cristo ensinou que isso é verdade – devemos adorar o único Deus por meio de Jesus Cristo (Jo 14.6). Mas é essencial aprensentar Deus, em toda sua glória, e ao mesmo tempo a manifestação de sua graça aos pecadores por meio de Jesus. A Bíblia é a Revelação de Deus que nos permite conhecê-lo e à sua vontade para conosco. É a verdade de Deus que deve ser apresentada aos muçulmanos, assim como a todo pecador. Somos os vasos de barro que Deus escolheu para levar sua mensagem a toda criatura. Louvemos a Deus por isso, e busquemos cumprir a missão que ele nos concedeu.
Aplicação
Se a essência do islamismo é o conjunto de conceitos advindos do Corão, qual é a essência que exala do cristianismo? Se a imensa influência do seu líder vem de uma postura radical e antibíblica, qual é a influência de Cristo sobre a nossa vida? Se as suas crenças e práticas passam pelos pilares do islamismo, qual é a estrutura que nos mantêm em missão?
Boa leitura!

Em Pensar. Amar. Fazer, da Editora Cultura Cristã, há um capítulo que trata do encontro do islã com a mente de Cristo. Esse livro conduz o leitor uma excelente reflexão. Vale a pena você conferir.

Notas

Islamismo, Tariq Al-Salam, Editora Santos, p.19.
Conheça as marcas das seitas, Dave Breese, Editora Fiel, p. 18.
3 Cf. as sete qualificações sensíveis de Wayne Grudem: “A Escritura afirma que ela pode ser compreendida, mas, (1) não tudo de uma vez; (2) não sem esforço; (3) não sem meios ordinários; (4) não sem a disposição do leitor para obedecê-la; (5) não sem a ajuda do Espírito Santo; (6) não sem o mau entendimento dos homens; e (7) nunca totalmente”. The perspicuity of Scripture, Themelios 34, no3 (2009): 288-309. Disponívelem: <http://theGospelCoalition.org/publications>.
4 The works of Benjamin B. Warfield, vol. 1, Revelation and inspiration(Nova York: Oxford University Press,1927), p. 77-78. Em português, ver A inspiração e autoridade da Bíblia, de Benjamin Warfield, publicado pela Cultura Cristã.
5 Paul Feinberg, The meaning of inerrancy, emInerrancy, org. Norman L. Geisler (Grand Rapids: Zondervan, 1980), p. 294
O islã sem véu. Ergun Mehmet Caner, Emil Fethi Caner, Editora Vida, p. 258.

>> Estudo publicado originalmente pela Editora Cultura Cristã, na série Expressão, 2013. Usado com permissão.
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quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Novidades ou a eterna Escritura?

14.11.2013
Do portal da REVISTA ULTIMATO*


NOVIDADES OU A ETERNA ESCRITURA?

Texto Básico: 2 Timóteo 3.14-17

Para ler e meditar durante a semana
 
Domingo
– Sl 19 – A revelação divina
Segunda
– At 2.17-18 – Os últimos dias;
Terça
– Dt 6.6-8 – A educação cristã;
Quarta
– 2Tm 1.4-5 – Eunice e Loide;
Quinta
– 2Tm 3.10-11 – Paulo e Timóteo;
Sexta
– Rm 1.16-17 – O poder do evangelho;
Sábado
– 2Pe 1.20-21 – A doutrina da inspiração

INTRODUÇÃO

Nosso tempo é contraditório no que diz respeito à Bíblia. Por um lado, ela circula entre nós livremente. Hoje, a Bíblia é publicada com comentários específicos para diferentes grupos de pessoas e encadernada de tantas formas diferentes, que é possível encontrar edições para todos os tipos e para todos os gostos. Por outro lado, vivemos um tempo de analfabetismo bíblico e de falta de apego à Escritura Sagrada. Na mesma proporção em que a Bíblia é aproximada das pessoas, elas se afastam dela.

Nesta lição abordaremos o apego que o cristão precisará ter à Palavra de Deus, diante da oposição doutrinária sofrida pela igreja.

I. O CONTEXTO

1. O que Paulo diz a Timóteo que aconteceria nos últimos dias? Como Timóteo deveria se comportar? Por quê?

A segunda carta a Timóteo foi escrita pelo apóstolo Paulo no fim de sua vida. Muito provavelmente ele a escreveu quando estava preso em Roma, na iminência de ser executado a qualquer momento. Essa proximidade do martírio pode ser inferida do conteúdo da própria carta: “Quanto a mim, estou sendo já oferecido por libação, e o tempo da minha partida é chegado” (2Tm 4.6). Essa é a razão pela qual essa carta possui um tom exortativo – as últimas palavras de Paulo. É como um testamento.

Umas das advertências de Paulo a Timóteo, nessa carta, se refere ao florescimento do mal nos últimos dias. Ele alerta o jovem pastor dizendo que “nos últimos dias sobrevirão tempos difíceis” (2Tm 3.1). Esses tempos difíceis seriam, primeiramente, resultado do modo de vida dos homens (2Tm 3.2-5), e da presença do falso ensino que seduz as pessoas e as corrompe (2Tm 3.6-9).

Esses tempos difíceis seriam vividos em um momento que ele denomina “últimos dias”. Comumente essa expressão tem sido interpretada como uma referência a um curto período de tempo exatamente anterior à segunda vinda de Cristo. Todavia, quando a Bíblia usa essa expressão, refere-se a um período mais longo, que vai desde a primeira até a segunda vinda de Cristo.

No sermão do Pentecostes, por exemplo, Pedro interpreta o acontecido naquela ocasião, como sendo o derramamento do Espírito Santo, profetizado pelo profeta Joel: “… acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos jovens terão visões, e sonharão vossos velhos, até sobre os meus servos e sobre as minhas servas derramarei do meu Espírito naqueles dias, e profetizarão” (At 2.17-18). Pedro entendia que estava vivendo os últimos dias. 

Semelhantemente, a orientação de Paulo a Timóteo quanto ao florescimento do mal não se refere a um tempo futuro, do qual Timóteo não participaria, mas ao período em que viviam. A ordem dada no v. 5, “foge também destes”, é evidência disso. Trata-se de uma advertência para o presente e não para o futuro.
 
II. A PÓS-MODERNIDADE E O APEGO ÀS NOVIDADES

2. Segundo o sociólogo Bauman, o que caracteriza a sociedade contemporânea? Qual impacto isso tem produzido na igreja?

O falso ensino, no entanto, também está presente em nossos dias e se encaixa de maneira justa ao modo de ser contemporâneo. Uma das características mais marcantes do modo de ser do mundo pós-moderno é a ênfase no caráter fluido, dinâmico e mutável das experiências humanas.

Zygmunt Bauman, um estudioso da sociedade contemporânea, afirma que nós vivemos, nos últimos anos, a transição entre um período histórico denominado “modernidade sólida” para a “modernidade líquida”. Bauman diz que há alguns anos, vivíamos um tempo de maior solidez, em que as coisas estavam mais claramente estabelecidas, o tempo do preto no branco. 

Naquele tempo, a permanência era considerada uma virtude. As pessoas tinham orgulho da festa de aposentadoria realizada na empresa em que haviam começado a sua carreira profissional. Um indivíduo entrava em determinada empresa, trabalhava nela por 30 anos e, quando saía, recebia uma festa, um relógio de ouro de presente, como símbolo da solidez de sua carreira profissional naquele lugar.

Hoje, contudo, vivemos um tempo de liquidez, de fluidez, em que as coisas não estão tão claramente definidas. Um tempo marcado pelo relativismo. A permanência não é mais vista como virtude, mas como defeito. Para nossos dias, virtude é a mudança, a capacidade constante de adaptação ao novo. Neste tempo, se alguém se encontra trabalhando há mais de três ou quatro anos em uma empresa, corre o risco de ser considerado um indivíduo acomodado, ou até mesmo um falido profissionalmente. De acordo com pesquisas recentes, o tempo médio de um jovem profissional da área de tecnologia em uma empresa é de mais ou menos oito meses. De maneira ilustrativa, Bauman compara o homem contemporâneo a um turista, é um sujeito ávido por mudanças. Ele está sempre de passagem, contempla coisas, relaciona-se temporariamente com elas, mas não se compromete.

Essa característica do homem contemporâneo afeta as mais diversas áreas da vida humana e as mais diferentes manifestações do homem na sociedade. A religião não foge da influência desse modo de ser. Alguém já disse que o mundo contemporâneo viu nascer um novo tipo de crente: “o crente macaco”, que pula de galho em galho, ou de igreja em igreja, não se fixando em lugar algum. O maior problema é que não apenas as religiões em geral sofrem com essa influência, mas o próprio cristianismo.

Mais especificamente ainda, a pregação evangélica também sofre a influência dessa mentalidade turística. Basta olhar para o cenário evangélico brasileiro, para perceber que ele é ávido por novidades. Nesse cenário, ondas vêm e vão a cada instante. Dia após dia, as novas doutrinas e práticas evangélicas surgem. E tão rapidamente quanto surgem, são substituídas por outras. O poeta Sérgio Pimenta escreveu sobre essa tendência de mudança do falso ensino, com as seguintes palavras: “Toda a novidade que vem no vento, ao peso da força, na rotina cai na monotonia do pensamento, que à busca de outra novidade sai”. Essa sede do homem contemporâneo por novidades, e o caráter fortemente reprodutivo do falso ensino, torna muito atual a orientação de Paulo ao jovem pastor Timóteo.

III. O CRISTÃO E O APEGO À PALAVRA DE DEUS

3. O que Timóteo deveria fazer para combater o paganismo de seu tempo? Por quê?

Após apresentar um tempo difícil, caracterizado por uma moralidade ímpia e pela presença do falso ensino, Paulo orienta o líder Timóteo sobre como reagir a essas circunstâncias.

Contrariamente a essa tendência de apego às novidades, Paulo orienta Timóteo a se apegar àquilo que ele já havia aprendido: “Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado” (v. 14). A conjunção adversativa “porém” estabelece que a atitude de Timóteo deveria ser contrária à dos perversos e falsos mestres. Ele deveria seguir um curso exatamente oposto àquele seguido pelos falsos mestres e seus adeptos, não se amoldando às novidades, mas adotando uma posição conservadora, isto é, conservando o ensino aprendido.

Em seguida, o texto apresenta três razões pelas quais a posição conservadora era desejável para Timóteo e, consequentemente, para todo cristão:

A. O poder do conhecimento adquirido

“Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado” (v.14).

A primeira razão pela qual Timóteo deveria permanecer no que aprendera era porque o conhecimento recebido por ele era mais do que informação teórica, era o poder de Deus que transformara a sua vida. A expressão “foste inteirado” significa literalmente “foste convencido”. Com essa expressão, o apóstolo deseja lembrar Timóteo que ele não havia apenas aprendido intelectualmente a verdade, mas que o conhecimento possuído por ele fora aplicado ao seu coração pelo Espírito Santo e havia transformado seu ser de maneira integral.

O conhecimento do evangelho é transformador. “O evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego” (Rm 1.16). Timóteo, portanto, tinha experiência própria de que o conhecimento recebido por ele era um conhecimento verdadeiro do evangelho. Por isso, apesar de todas as novidades, ele deveria se apegar ao conhecimento que havia recebido.
B. A fidedignidade dos instrutores

“Sabendo de quem o aprendeste e que, desde a infância, sabes as sagradas letras” (v. 14-15). A segunda razão apresentada por Paulo a Timóteo, para que, diante das novidades, se apegasse ao conhecimento outrora recebido, foi a fidedignidade dos seus instrutores.

Ao lembrar do aprendizado que Timóteo recebeu na infância, Paulo tem em mente sua mãe e sua avó, Eunice e Loide, respectivamente. Elas eram judias e lembraram-se da orientação do Senhor dada ao seu povo, recém-saído do Egito: “Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te. Também as atarás como sinal na tua mão, e te serão por frontal entre os olhos” (Dt 6.6-8). Isto é comprovado pelas palavras do apóstolo no início dessa carta. Falando do desejo de encontrar em breve o jovem Timóteo, ele afirma: “estou ansioso por ver-te, para que eu transborde de alegria pela recordação que guardo de tua fé sem fingimento, a mesma que, primeiramente, habitou em tua avó Loide e em tua mãe Eunice, e estou certo de que também, em ti” (2Tm 1.4-5).

Por outro lado, Timóteo havia também sido instruído pelo próprio apóstolo. Ele era seu discípulo, no sentido mais profundo da Palavra. Timóteo é descrito por Paulo como aquele que estava seguindo, de perto, o ensino, procedimento, propósito, fé, longanimidade, amor, perseverança, perseguições, e sofrimentos do apóstolo (2Tm 3.10-11).

A segunda razão, portanto, pela qual Timóteo não deveria se afastar do ensino recebido, mas se apegar a ele, era o caráter fidedigno de seus instrutores. As verdades nas quais Timóteo cria não haviam sido transmitidas a ele por aventureiros sagazes, mas por testemunhas de fidelidade comprovada; mulheres piedosas e o apóstolo de Cristo.

C. A fonte do conhecimento adquirido

4. “Toda Escritura é inspirada por Deus”. O que isso significa?

“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra (v. 16-17).

Mais importante, contudo, é a terceira razão apresentada pelo apóstolo a Timóteo. Diante das novidades, ele deveira se apegar ao conhecimento outrora recebido, por causa da origem divina do conhecimento adquirido.

O conhecimento recebido por Timóteo era o das “sagradas letras” (v. 15), uma referência à Escritura Sagrada, que é “inspirada por Deus” (v. 16). O termo usado pelo apóstolo (theopneustos), traduzido por “inspirada”, significa literalmente “expirada” ou “soprada”. Toda a Escritura deve sua origem ao sopro de Deus. Deus é a fonte da Escritura Sagrada. E isso significa que, embora tenha sido escrita por homens, a Bíblia é a revelação de Deus. Tais homens, quando registraram a revelação divina, foram guardados pelo Espírito Santo de Deus, de modo que, mesmo mantendo suas características individuais, registraram tudo o que Deus desejou que fosse registrado, e tão somente isso. A esse respeito Pedro afirma: “…não vos demos a conhecer o poder e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo seguindo fábulas engenhosamente inventadas, mas nós mesmos fomos testemunhas oculares da sua majestade…” (2Pe 1.16). E ainda: “…nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação; porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens santos] falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo” (2Pe 1.20-21).

Dentre as consequências de ser Deus o autor último das Escrituras Sagradas, está o fato de que elas são necessárias para que alguém se torne um bom servo de Cristo. Ela é útil para ensinar, para apontar os erros nos quais estamos incorrendo, para nos guiar pelo caminho correto e para nos santificar na justiça de Deus.

O salmista Davi também nos apresenta outros diversos benefícios da Escritura na vida daquele que a recebe: “A lei do SENHOR é perfeita e restaura a alma; o testemunho do SENHOR é fiel e dá sabedoria aos símplices. Os preceitos do SENHOR são retos e alegram o coração; o mandamento do SENHOR é puro e ilumina os olhos. O temor do SENHOR é límpido e permanece para sempre; os juízos do SENHOR são verdadeiros e todos igualmente, justos. São mais desejáveis do que ouro, mais do que muito ouro depurado; e são mais doces do que o mel e o destilar dos favos” (Sl 19.7-10). Por isso, a Escritura Sagrada é o mais básico recurso do discípulo de Cristo, o que torna o homem de Deus “perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra” (v.17).

Eis a terceira e mais importante razão pela qual Timóteo deveria se apegar ao conhecimento recebido: o fato de que seu conhecimento era o conhecimento da Palavra revelada de Deus, do qual o próprio Deus é a fonte.

CONCLUSÃO

5. Elabore um texto que resuma o conteúdo desta lição.

Timóteo vivia num tempo em que as falsas doutrinas proliferavam. Assim como naquele tempo, hoje novas doutrinas surgem a cada dia. Diante desse quadro, Paulo orientou Timóteo a que, como obreiro do Senhor, se apegasse ao conhecimento anteriormente recebido, pois tal conhecimento era poder de Deus, recebido por meio de testemunhas fiéis, exalado da Revelação de Deus.

6. Como você pode aplicar o que aprendeu hoje de modo eficiente?

APLICAÇÃO

Qual é a novidade do momento?

Que nova “doutrina” você ouviu? Seja qual for, a orientação de Paulo a Timóteo se aplica a você. Não se deixe cativar pelo sabor da novidade. Não dê ouvidos à voz da maioria. Apegue-se à Palavra de Deus.

Leia a Bíblia. Procure conhecer o seu conteúdo. Creia na Bíblia. Lembre-se de quantos cristãos deram sua vida para que a verdade do evangelho chegasse até você. Pense no que o verdadeiro evangelho fez na vida de tantas pessoas e até sociedades. Sobretudo, lembre-se do fato de que Deus é a fonte da Escritura Sagrada.

*Estudo publicado originalmente pela Editora Cultura Cristã, na série Expressão – Cartas aos Líderes das Igrejas e Cartas Gerais. Usado com permissão.
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Fonte:http://ultimato.com.br/sites/estudos-biblicos/assunto/igreja/novidades-ou-a-eterna-escritura/

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

O RELATIVISMO PÓS-MODERNO

23.10.2013
Do portal da REVISTA ULTIMATO, 
Por  Gene Edward Jr., Editora Cultura Cristã*


Texto Básico: 1 Timóteo 3.14-15

Leitura Diária:

Domingo:  Sl 19 – O valor da verdade de Deus
Segunda:  Sl 119 – A lei e a verdade
Terça:  Rm 1.18-32 – O pecado e a verdade
Quarta:  Jo 14.1-14 – Jesus Cristo e a verdade
Quinta:  Jo 16.1-24 – O Espírito Santo e a verdade
Sexta:  1Jo 1.5–2.6 – O teste da verdade
Sábado:  2Jo – Santificação e verdade

Introdução

De maneira geral, é possível afirmar que a vida cristã possui características e objetivos comuns em todos os momentos da história. A ordem de “santificar a Cristo no coração” (1Pe 3.15), por exemplo, se aplica a todos os cristãos em todos os momentos históricos. No entanto, é possível afirmar que cada momento histórico apresenta desafios próprios para o cristianismo. Nóssomos chamados por Deus para viver a vida cristã num tempo específico. Por isso, no exercício de santificar a Cristo no coração, por exemplo, cristãos de diferentes épocas se deparam com diferentes dilemas e desafios.

Nesta lição procuraremos avaliar à luz da Bíblia, um desafio próprio para os cristãos contemporâneos, que vivem na chamada pósmodernidade.

I. O relativismo dos tempos pós-modernos

Estudiosos de nosso tempo têm o denominado de pós-modernidade. Esta nomenclatura revela que o momento histórico em que vivemos é um momento que segue o período moderno. No entanto, a relação entre um momento histórico (modernidade) e outro (pós-modernidade) não é apenas temporal ou histórica, mas também conceitual e cultural. Em outras palavras, a pósmodernidade não é apenas um período que segue a modernidade em termos temporais, mas um período que segue a modernidade conceitual e culturalmente, rompendo, de certa forma, com aspectos do modo de pensar, viver e se organizar, próprio da modernidade.

Uma das características mais marcantes da pós-modernidade é o rompimento com o que poderíamos chamar de universal ou geral, em prol do particular ou individual. Na modernidade se pensava na história humana de modo geral, em termos de uma história universal. Hoje em dia o que importa é a história individual, quando muito a de um grupo de pessoas, mas não se costuma falar mais em uma história da humanidade.Na modernidade se falava também em uma verdade universal e absoluta. Para nossos dias, no entanto, falar em uma verdade universal e absoluta é algo quase que inaceitável. Por fim, a modernidade podia falar de um modo de agir universal e norteado por valores absolutos, enquanto para a pós-modernidade este é um discurso ultrapassado. Isto não significa que a modernidade tenha sido necessariamente cristã, mas apenas que ela teve em comum com a visão de mundo cristã o fato de assumir o universal e absoluto.

Ao contrário da modernidade, nosso tempo tem como princípio o relativismo. Tendo valorizado o particular, em detrimento do universal, a pós-modernidade abandonou a ideia de absolutos e assumiu o relativismo. O relativismo é a teoria de que a base para os julgamentos sobre conhecimento, cultura ou ética difere de acordo com as pessoas, com os eventos e com as situações (Dicionário de Ética Cristã, Carl Henry, Editora Cultura Cristã).

Esse relativismo contemporâneo se aplica aos três elementos apresentados no parágrafo anterior: história, conhecimento e ética. A pós-modernidade questiona, primeiramente, a existência de uma história comum que possa, de alguma forma, identificar os homens de modo universal. Em segundo lugar, no âmbito do conhecimento, questiona a existência de uma verdade que seja universal e absoluta. Por consequência, questiona por fim a possibilidade de se estabelecer princípios morais que devam reger a conduta de todas as pessoas universalmente. Nosso tempo rejeitaqualquer critério universalmente aceito para se medir valores (Carl Henry).

Esta teoria consideravelmente complexa (o relativismo) pode ser vista nas palavras e ações do dia a dia das pessoas em nosso tempo. Provavelmente a maioria dos leitores já consegue perceber o quanto o homem contemporâneo se preocupa com a sua história individualmente, como se ela não estivesse relacionada à história de modo geral. Provavelmente, a maioria dos leitores deste texto já teve uma discussão encerrada com as seguintes palavras: “não vale a pena discutir, afinal, você tem a sua verdade e eu tenho a minha”. Ou, quem nunca foi perguntado de forma retórica, depois de ter emitido um juízo de valor sobre algo ou alguém: “quem é você para julgar?”. Essas palavras e ações revelam como o relativismo tomou conta de nossos dias.

A igreja, enquanto comunidade plantada e imersa em seu tempo histórico sofre as consequências deste relativismo. Uma das maiores evidências da influência do relativismo na igreja contemporânea é sua tendência ao ecumenismo. A defesa da aceitação indiscriminada de toda e qualquer crença revela o quanto o caráter exclusivista do evangelho soa mal aos ouvidos contemporâneos. Outra característica que tem se tornado cada vez mais comum no meio da igreja é o questionamento da necessidade e a ausência da disciplina eclesiástica. Esta prática revela que não apenas o relativismo quanto ao conhecimento tem adentrado a igreja, mas também o relativismo ético-moral.

II. O relativismo e a Bíblia

O relativismo é uma teoria coerente com os pressupostos que a definem. Mas seria coerente com a cosmovisão cristã? Uma rápida consideração das verdades bíblicas é suficiente para revelar que o relativismo não se sustenta diante de alguns elementos fundamentais da fé cristã.

A. A Bíblia e a história

Ao considerarmos a história à luz da Bíblia, concluímos que, embora seja possível falar em histórias individuais, existem elementos fundamentais que na história humana que identifica todos os indivíduos, universalmente.

Pense no tema bíblico básico: Criação, Queda, e Redenção. A narrativa bíblica afirma que Deus é o autor da realidade. Tudo aquilo que existe foi criado por Deus (Gn 1.1). O homem não é mero produto de uma evolução biológica, mas um ser criado à imagem e semelhança de Deus (Gn 1.26). A origem do homem, portanto, identifica-nos todos uns com os outros. Além da criação, somos identificados pela queda em pecado. A rebeldia não fora uma característica específica do primeiro casal, mas é algo que se perpetua nas gerações. A Bíblia é contundente em afirmar que “todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3.23); ou ainda que “não há um justo sequer” (Rm 3.10). Deste modo, nossa história se identifica com a história de todos os demais homens, não apenas pela criação, mas também pela queda. Por fim, nossa história se identifica com a história de todos os demais pela redenção. É claro que a identificação, neste ponto, não se dá pelo fato de serem todos salvos, mas pelo fato de que nosso destino eterno se define pela nossa relação com Jesus Cristo e o plano redentor de Deus nele proposto. Mesmo distinguindo entre salvos e perdidos, a Bíblia identifica todos eles em termos finais, ao afirmar, por exemplo, que todo joelho se dobrará e toda língua confessará que Jesus Cristo é Senhor, para a glória de Deus Pai (Fp 2.10-11).

A tríade Criação, Queda e Redenção é oelemento unificador da história humana. Embora existam particularidades na história dos indivíduos, existem aspectos em que a história é universal; a história do homem criado à imagem de Deus, que se rebelou contra ele, e foi alvo da graça de Deus em Cristo Jesus.

B. A Bíblia e a verdade

Segundo a Bíblia, Deus não apenas trouxe a realidade e o homem à existência, mas se revelou. Aliás, o próprio ato criador é revelação. Deus criou todas as coisas pela sua Palavra (E disse Deus… Jo 1.1-2). Esta é a razão pela qual a realidade criada revela quem Deus é; “os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras de suas mãos” (Sl19.1).

O Deus da Bíblia, portanto, não é imóvel, mudo, mas é um Deus que vai ao encontro do homem e fala com ele. Desde muito cedo somos informados pela Bíblia deste movimento de Deus em relação ao homem. De acordo com os capítulos iniciais do Gênesis, ouvir a voz de Deus, que andava no jardim pela viração do dia, parece ser algo com o qual Adão e Eva estavam acostumados (Gn 2.16; 3.8). Mesmo após a Queda, Deus fala com o homem (Gênesis 3.8). Durante toda a história, Deus continuou falando ao homem, e à medida que falava, Deus tomava providências para que suas palavras fossem preservadas para toda a posteridade (Êx 17.14; 34.27).

Até que ele falou de modo pessoal, pela pessoa de Cristo Jesus. Ele, a Palavra que se fez carne e habitou entre nós (Jo 1.14) é a revelação maior de Deus. Ele é a expressão exata do seu Ser (Hb 1.3), que se apresentou dizendo: “quem me vê, vê aquele que me enviou” (Jo 12.45). Este mesmo Jesus se define como o caminho, a verdade e a vida (João 14.6), aquele cujo conhecimento significa liberdade (Jo 8.32).

Deus é a verdade, e ele se revelou a nós por meio de sua Palavra. Por isso, a verdade não é uma questão meramente subjetiva ou de construto social. Ainda que o homem atribua significados à realidade, a verdade é objetiva. Nós nos aproximamos da verdade, todas as vezes que nos aproximamos do que Deus revelou por sua Palavra. O contrário também é verdadeiro. Sempre que nos distanciamos da revelação que Deus deu por intermédio de sua Palavra, nos distanciamos da verdade. A Palavra de Deus é a verdade (Jo 17.17).

C. A Bíblia e a moralidade

Assim como o relativismo ético é resultado do relativismo no âmbito do conhecimento, assim também a crença de que Deus se revela em sua Palavra tem como consequência a existência de valores morais universais e absolutos. Ao se revelar, Deus demonstrou sua vontade ao homem; o modo como Deus deseja que o homem viva neste mundo.

Desde o princípio o relacionamento de Deus com o homem é marcado pelo fato de que Deus é Senhor, e o homem é servo. Este fato de que Deus tem direitos sobre o homem para requerer dele obediência, é uma implicação natural da crença na verdade bíblica da criação. É possível dizer que, como criador do homem, Deus tem direitos autorais sobre o homem, e este direito se revela no fato de que Deus se relaciona com o homem na posição de seu Senhor.

A narrativa bíblica da criação apresenta Deus não apenas criando o homem, mas definindo, por meio de ordenanças, seu propósito e significado. Logo em Gênesis 1, encontramos o imperativo: “sede fecundos, multiplicai-vos”. Apenas um capítulo depois encontramos a ordem divina, que por ter sido desobedecida, deu origem a toda sorte de males que experimentamos ainda hoje; “de toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gn 2.16-17). Quando, depois da Queda, o mal havia se alastrado sobre a terra, e Deus se apresentou a Noé, foi com imperativos que ele o fez: “Contigo, porém, estabelecerei a minha aliança; entrarás na arca, tu e teus filhos, e tua mulher, e as mulheres de teus filhos” (Gn 6.18). Posteriormente, Deus se apresentou a Abrão, e mais uma vez o fez de forma imperativa: “Ora, disse o Senhor a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei”(Gn 12.1). Todas estas passagens revelam que Deus se relaciona com o homem como Senhor, e o  tem como seu servo. E, na qualidade de Senhor, Deus estabelece os princípios por meio dos quais o homem deve viver neste mundo.

Os dez mandamentos são característicos desta vontade divina revelada em sua Palavra. Eles têm sido chamados de a lei moral de Deus, isto é, o conjunto de preceitos divinos absolutos e atemporais. A causa pela qual são atemporais e absolutos é o fato de que se fundamentam no caráter de Deus. E, sendo Deus imutável em seu ser, as perfeições de seu caráter, nas quais se baseiam os mandamentos, são imutáveis também. Essa é a razão pela qual se pode dizer que os dez mandamentos revelam a vontade atemporal e absoluta de Deus. “A tua justiça é justiça eterna, e a tua lei é a própria verdade” (Sl 119.142).

III. A igreja: coluna e baluarte da verdade

Como temos visto, uma visão cristã do mundo pressupõe a existência de absolutos. Deus se revelou e em sua Revelação apresenta a história universal, nos oferece a verdade e os padrões morais para a vida. 1Timóteo 3.14-15afirma que a igreja é coluna e baluarte da verdade. As duas palavras, “coluna” e “baluarte”, indicam algo que sustenta e dá firmeza. Se pensarmos na metáfora de um edifício, por exemplo, e considerarmos o papel das colunas, como parte das estruturas que mantém um prédio de pé, perceberemos bem o que a Escritura deseja ensinar nesta passagem.

Essa metáfora não ensina que a igreja seja a fonte originadora da verdade. Ao contrário do que pensa o romanismo, não é a igreja quem define e estabelece o que é a verdade. A fonte originadora da verdade é Deus mesmo. E a igreja é a guardiã, a protetora, a defensora da verdade revelada e estabelecida por Deus. Esta lição sobre a igreja chama a nossa atenção para a necessidade de avaliarmos nosso compromisso com a verdade em tempos em que ela é tão questionada. Um detalhe importante é que 1Timóteo 3.14-15não está falando sobre algo que a igreja deve se esforçar para ser, mas sim o que a igreja é. O texto está definindo a igreja. Isto significa que um dos maiores compromissos da igreja é seu compromisso com a verdade, de modo que, se uma comunidade não é uma coluna e fundamento da verdade, ela não é uma verdadeira igreja de Cristo.

Conclusão

Vivemos tempos de desconsideração para com a verdade. Cada um parece defender e viver de acordo com o que pensa ser mais correto. No entanto, a Bíblia nos ensina que temos uma história comum, uma Revelação absoluta e princípios éticos normativos. E Deus estabeleceu sua igreja como coluna e baluarte da verdade. Isto significa que uma caraterística fundamental da igreja de Cristo é seu apego à verdade e sua proclamação.

Aplicação

Lembre-sede seu papel enquanto membro da igreja do Senhor. Você é uma pedra desta coluna que deve sustentar a verdade de Deus. Para cumprir este ministério: conheça a verdade; estude a Escritura com afinco até que você domine a verdade de Deus e seja dominado por ela; viva a verdade; seja uma referência nesses tempos onde os valores éticos e morais estão se tornando cada vez mais vulneráveis.

Proclame a verdade com coragem e ousadia. Não tenha medo. Ainda que isto custe a você um alto preço, lembre-se de que Deus não tem nos dado espírito de covardia, mas de moderação.

Boa leitura!

Tempos pós-modernos, Gene Edward Jr., Editora Cultura Cristã.

Verdade, realidade, identidade individual, tudo foi implodido pelo pós-modernismo, como produtos da sociedade, prisões da linguagem, máscaras de poder. Essas ideias estão nas escolas, na televisão, nos filmes, jornais e revistas. Então passando para o cidadão comum. Desafiam e minam a fé cristã. Fomos chamados para testemunhar a esta época. Vamos conhecê-la.

*Estudo publicado originalmente pela Editora Cultura Cristã, na série Expressão, 2013. Usado com permissão.

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