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segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Os Santos no Céu com Deus

25.11.2013
Do .blog ESTUDOS DA BÍBLIA
Por Foy Short

2 Coríntios 4:14-5:8

Certa vez Margaret e eu pensamos em fazer um agrado a um africano que jamais havia experimentado sorvete.  Após provar, ele perguntou:  "Vocês chamam isso de comida boa?".  Para algumas pessoas, gostar de sorvete é um gosto adquirido.

Será que lhe atrai a idéia de estar no lar eterno com Deus?  O seu coração anseia a hora em que você poderá passar a vida eterna na presença do próprio Deus e de seus anjos, junto com os redimidos de todas as eras?  Que é que você anseia desfrutar lá?

Alguns de nós não podem desfrutar da companhia de certos irmãos em Cristo aqui na terra.  Alguns de nós ficam inquietos quando o culto de adoração se estende mais do que o normal.  Mas Deus, Cristo, os anjos e os santos de todas as eras serão nossos companheiros por toda a eternidade quando formos ficar no céu com Deus.  Será que pensar nisso nos incomoda ou nos estimula?

Talvez haja alguns gostos que devemos nos esforçar deliberadamente por adquirir e cultivar nesta vida, preparando-se para o lar eterno.  Indicadores como Mateus 25:35,36, Hebreus 10:25 e Romanos 12:15 poderiam ajudar-nos a "curtir" os irmãos na família de Deus aqui da terra.  Por causa da vida corrida que se leva hoje em dia, talvez devêssemos acrescentar Romanos 12:13 e 1 Pedro 4:9.  Por que nos permitiríamos ficar tão ocupados com os negócios deste mundo a ponto de não termos tempo para aprender a viver com a nossa família espiritual?

Perguntei a vários cristãos de três raças diferentes, aqui em Zimbábue, que imagem lhes vinha à mente quando eu falava de estar no lar com Deus.  As respostas foram expressas em palavras diferentes, mas todos transmitiram um só pensamento:  segurança infalível da qual brotavam a paz e a felicidade.  Alguns completavam esse conceito com pensamentos do privilégio maravilhoso de estarmos rodeados de santos preocupados em servir e louvar ao Pai.  Alguns falaram do anseio por um momento e um lugar em que não se usariam mais palavrões, nem haveria mentira, fofocas, calúnias, ódio ou egoísmo.  Alguns mostraram o desejo ardente de conversar com o Pai em companhia do nosso Irmão mais velho, dos apóstolos e dos profetas.  Outros falaram ainda de descansar das provações e das dificuldades experimentadas neste mundo de amargura.

O nosso texto fala de como podemos esperar por um período breve de pouca aflição nesta vida; breve e pouca comparados aos tormentos do inferno!  Observe alguns aspectos do "peso de glória" que podemos prever:

1. Corpos melhores, que não sentem dores, não adoecem nem entram em decadência  (1 Coríntios 15:53-58; 1 Tessalonicenses 4:13-18).  Não haverá enterros no lar do nosso Pai.  Essa é a grande segurança.  Não haverá mais separações.  Jamais teremos de nos separar de novo daqueles que aprendemos a amar.  Certamente, tendo em vista a curta espera e as leves aflições desta vida, vale a pena esperar!

2. A nossa casa no céu é feita pelas mãos do próprio Deus.  Será linda, maravilhosa, perfeita em cada detalhe, capaz de atender a todas as nossas necessidades.  A comprovação dessa idéia se acha na perfeição da função e na beleza do mundo material que Deus criou e nos deu para habitarmos temporariamente, enquanto nos preparamos para o lar celeste e eterno (Gênesis 1-2; 2 Coríntios 5:4-5).  Vê-se, também, na beleza e na perfeição da igreja, o antegozo do lar celeste (Hebreus 12:22-24).  No novo céu e na nova terra, somente habita a justiça.  Por fim, os santos entenderão completamente o que significa adorar a Deus "na beleza da santidade" (Salmo 29:2).  "Face a face, contemplá-lo-ei, além do céu azul; face a face, em toda a sua glória, vê-lo-ei após um tempo."

3. Satanás não nos perturbará mais naquele lar feliz das almas.  Aleluia!  Amém! 

 Realmente temos tentações, provações e tribulações nesta vida terrena.  Mas aprendemos a nos gloriar nelas porque duram só por um momento e atuam a nosso favor.  Atuam para cultivar a perseverança, o caráter, a maturidade e a completa espiritualidade em nós, para que nos tornemos cada vez mais como Cristo, capazes de nos unir ao círculo familiar no lar com Deus (Romanos 5:3-6; Tiago 1:2, 4, 12; 1 Pedro 4:1-2).  Todas as tentações e provações são passadas S Satanás não poderá mais perturbar-nos.

Terá alguma coisa para a família de Deus fazer naquele lar?  Ela pode louvar, adorar e honrar o Pai como fazem os anjos.  Mas a parábola dos talentos mostra que Deus tem responsabilidades para dar a cada filho de acordo com a capacidade de cada um (Lucas 19:12-27).  Sem dúvida, na morte descansaremos de nosso trabalho terreno.  Mas Paulo disse que os santos "hão de" julgar o mundo e os anjos (1 Coríntios 6:2-3).  Parece claro que Deus tem responsabilidades para os seus filhos cumprirem naquela vida no porvir.
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quarta-feira, 16 de outubro de 2013

NUNCA CONTAMOS ALMAS!

16.10.2013
Do portal da REVISTA ULTIMATO, 20.09.13

A imensa área envidraçada do auditório deixava ver as folhas levadas pelo frio vento da primavera do Rhön. A minha atenção também foi outra que voou por alguns instantes. Creio que por causa do desconforto com o que acabara de ouvir. Não porque a expositora deixasse de possuir excelentes credenciais. Consultora naquela época de clientes como Tony Blair e a megaempresa Shell, não havia como ignorar o seu currículo.

Ainda assim, o suor em minhas mãos e uma leve taquicardia denunciavam minhas intenções. Eu queria discordar! Ousadia ou tolice, não sei bem, ou ainda um preciosismo de minha parte. Talvez fosse melhor concordar, ser desafiado por novas perspectivas, arejar minhas ideias, essas coisas que instalavam um conflito em minha mente.

A pugna se encerrou quando vi uma impulsiva mão (era a minha!) levantada pedindo a palavra. Quando me dei conta já estava com o microfone nas mãos, balbuciando o ensaio de um possível contraponto à sua exposição. Basicamente, reagi quanto ao uso de metodologias quantitativas para a avaliação da efetividade do ministério cristão (era o ponto alto daquela sessão). Em resumo, tentei dizer o seguinte: os números não nos dizem tudo! Ou seja, podemos encontrar bons números e, na verdade, estar indo na direção equivocada. Ou, o oposto também é verdadeiro, podemos ter números pouco expressivos, mas ainda assim estar fazendo o que em verdade deveríamos fazer. É uma questão delicada, mas quis dizer que os números, sem uma adequada interpretação dos mesmos e do contexto, podem nos enganar.

Sentei-me. Já quase sabia o que viria. De maneira bondosa, bem explicativa, quase condescendente, a convidada especial me desafiou a abrir meu entendimento e buscar meios mais efetivos de avaliar meu rendimento.

Foi aí que aquele senhor, em seus mais de 80 anos, pediu a palavra e disse três frases: “Eu concordo com o jovenzinho [sim, era eu!]. Nós nunca deveríamos contar almas! A única coisa que contamos é dinheiro!” (literalmente: “I agree with the young boy. We should never count souls! The only thing we count is money!”).

Era Sir Fred Catherwood. Por muitos anos tesoureiro da IFES (a ABU internacional), genro do saudoso Martyn Lloyd-Jones. Antes de se aposentar, Sir Fred destacou-se no Parlamento Europeu, aonde chegou a ocupar a vice-presidência. Não preciso dizer meu sentimento de que havia ganhado o dia. Na hora do intervalo, deixei o casaco dentro do auditório e saí para respirar fundo o ar frio da Baviera (e chamam isso de primavera!). O coração já estava aquecido. Podia ser tolice, ou vã vaidade, mas resolvi curtir a boa sensação.

Hoje creio que aprendi a ver com melhores olhos os tipos de métodos e recursos, inclusive quantitativos, que podemos usar para avaliar o trabalho que fazemos. Aliás, é uma boa paixão essa de buscar alcançar com o que a gente faz o maior número de pessoas. É são, é desejável, podemos e devemos ter metas inspiradoras, uma visão que nos impulsiona para ir além. No final das contas, é do coração de Deus cruzar fronteiras, barreiras, e chegar com uma mensagem transformadora a todas as pessoas, em todos os lugares. Mas claro, e essa é uma perspectiva que mantenho, não temos desculpas para ser ingênuos deixando de examinar bem a ideologia que pode (ou não) acompanhar certos métodos e estratégias.

Depois de algum tempo voltei a encontrar-me com Sir Fred. Lembrei-lhe do episódio. Ele se recordava do ocorrido, mas não sabia que eu era aquele “jovenzinho". Veja bem, foram suas palavras. E, acredite, minha maior alegria foi porque ele apoiou minha posição, e não devido à sua percepção de minha suposta juventude. Claro que seus óculos podem havê-lo traído quanto aos anos de vida que me atribuiu. Mas por que nos preocupar com a idade, por que contar nossos anos se “the only thing we count is money!”?

*Ricardo Wesley Morais Borges. É casado com Ruth e pai de Ana Júlia e Carolina. Eles são missionários brasileiros entre estudantes universitários no Uruguai.
  • Textos publicados: 21 [ver]
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Fonte:http://www.ultimato.com.br/conteudo/nunca-contamos-almas