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quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

BÍBLIA SAGRADA: BÍBLIA DE ESTUDO FACILITADO

30.12.2015
Do blog CLC PORTUGAL
Por Philip Yancey e Tim Stafford*


A Bíblia é o livro mais importante já escrito, dádiva do próprio Deus para nós. Ao longo da história as pessoas têm reconhecido seu caráter singular. Apesar de todo o respeito que recebe, a Bíblia não é lida com bastante frequência. Mesmo aqueles que a estimam podem largá-la em algum lugar na estante ou na mesa de café, sem de fato lê-la. 

Nas pesquisas, os cristãos muitas vezes admitem a culpa por não ler a Bíblia de forma regular. Creem na Bíblia e esperam encontrar ajuda nela. No entanto, não a leem com a mesma frequência quanto pensam que deveriam. 

Incomodados com essa realidade, começamos a trabalhar na Bíblia de estudo facilitado. 

Nossa meta: produzir uma edição que pessoas comuns pudessem — e iriam — ler numa base regular, sustentada. Usamos técnicas modernas de pesquisa para tentar encontrar uma resposta à pergunta: “O que impede você de ler a Bíblia?”. Descobrimos três razões principais. No desenvolvimento desta edição, trabalhamos arduamente para lidar com as três razões seguintes.

 “Eu desanimo no meio do caminho” 

O desânimo, puro e simples, foi a razão mais comum apontada para a não leitura da Bíblia. Muitas pessoas que entrevistamos tentaram lê-la regularmente, mas, no geral, suas experiências fracassaram. 

A Bíblia é um livro enorme, composto de 66 partes distintas escritas por dezenas de autores diferentes. Os leitores que se aproximam dela como se fosse outro livro qualquer — começando da página 1 e seguindo em direção ao final — logo se veem perdidos num desconcertante labirinto da História Antiga. O cansaço se instala. 

Outros nunca sequer começaram um plano de leitura. Com agendas cheias e confiança limitada, eles não têm dúvidas de que vão falhar. Por isso, restringem sua leitura a passagens conhecidas dos evangelhos ou dos salmos, evitando os livros com os quais não estão familiarizados. 

Gastamos muito tempo e pesquisa tentando encontrar uma resposta para o problema do desânimo. O resultado é o “Plano de leitura 3 trilhas”, que reconhece as diferentes maneiras de as pessoas abordarem a Bíblia. Todas as três “trilhas” sugerem a leitura de um capítulo por dia — apenas cinco ou quinze minutos para a maioria dos leitores. 

Pontapé inicialA Trilha 1 requer um compromisso de duas semanas por vez, com a leitura de um capítulo por dia. Ao seguir esse plano, o leitor depara com algumas das passagens mais significativas da Bíblia. Inicialmente, apresentamos seleções de duas semanas sobre Jesus e depois sobre Paulo; em seguida, uma amostra de duas semanas do Antigo Testamento e, por fim, uma variedade de outras opções de acordo com seus interesses pessoais. Algumas poucas horas investidas podem render uma sólida introdução ao melhor dos livros. 

Guia de viagem pela Bíblia. A Trilha 2 representa o próximo nível de compromisso. Exige seis meses, com a leitura aproximada de um capítulo por dia. Nessa trilha, você vai ler pelo menos um capítulo de cada livro bíblico. Quando terminar, terá lido as passagens mais conhecidas, citadas e fáceis de entender da Bíblia. Em cada capítulo você encontrará notas explicando como aquela passagem contribui para a sequência ou o enredo da Bíblia.

A Bíblia inteira. A Trilha 3 inclui cada palavra da Bíblia. Dividimos esse plano ao longo de três anos, e não de um, como habitual. Lendo cerca de um capítulo por dia, você pode ler a Bíblia toda em três anos. IX 

Acreditamos que o plano de três trilhas oferece um método prático e realista para estudar a Bíblia. Baseia-se em diferentes níveis de êxito a fim de combater o desânimo que aflige seus leitores. A descrição completa do “Plano de leitura 3 trilhas” encontra-se nas páginas XI a XIX. 

“Não consigo entendê-la” 

Muitos leitores crescem com pouca exposição à Bíblia. Pode ser que nunca ouviram falar de Golias ou Sansão. Talvez se perguntem: “Qual o objetivo de ler sobre lanças e carruagens e poços de aldeias e lepra?”. Escrita milhares de anos atrás, a Bíblia apresenta uma lacuna cultural. Ela menciona nomes difíceis de pronunciar e se refere a diversos costumes ultrapassados. Para a maior parte dos leitores, a Bíblia é o livro mais antigo presente em sua biblioteca. A maioria das pessoas precisa de instruções sobre como saltar a enorme lacuna de séculos até a época em que a Bíblia foi escrita. A Bíblia de estudo facilitado lida com esse problema utilizando centenas de notas adicionais espalhadas por todo o livro. 

Introduções: Antes de cada um dos 66 livros da Bíblia, o leitor encontra uma “Introdução” que oferece informações contextuais sobre o livro e a razão de ter sido escrito. Ao ler esses textos, o leitor obtém a compreensão de como determinado livro difere dos demais livros da Bíblia, e como também se encaixa em todos eles. Além disso, existem alusões à relevância contemporânea de cada livro e conselhos sobre como lê-lo. 

Insights: Ao longo da Bíblia de estudo facilitado, o leitor encontra pequenos artigos ou insights. Escrita no estilo de um artigo de revista, essa seção inclui importantes informações contextuais e condensa o material que, em nossa opinião, mais ajuda o leitor a entender e encontrar sentido na Bíblia. No fim de cada insight, a subseção “Questões de vida” ajuda a relacionar a passagem a situações práticas. 

Guia de viagem: Escrito num estilo semelhante ao da seção anterior, essas notas acompanham a leitura das passagens da Trilha 2, parte do “Guia de viagem pela Bíblia”. Ao seguir as instruções, o leitor obterá uma visão panorâ- mica de toda a Bíblia.

100 pessoas que você deveria conhecer: Familiarizar- -se com essas 100 pessoas selecionadas ajudará o leitor a desenvolver conhecimento básico da Bíblia. 

Destaques: Diversas notas curtas aparecem periodicamente. Elas explicam versículos confusos, apontam fatos interessantes e, de fato, destacam algo na passagem que pode facilmente passar despercebido. Foram concebidas para chamar a atenção do leitor e atraí-lo a ler a Bíblia mais de perto. 

“Não consigo encontrar o que procuro

“Gasto bastante tempo folheando a Bíblia à procura de alguma coisa”, dizem muitos leitores. Eles buscam ajuda sobre questões específicas, mas não sabem onde encontrá-la. 

Todo mundo já ouviu falar de algo na Bíblia — os Dez Mandamentos, o Sermão do Monte, a história de Daniel na cova dos leões. Mas como saber onde procurar? A Bíblia é extensa demais para ficar folheando numa pesquisa aleatória. 

Para ajudar, a Bíblia de estudo facilitado criou a seção “Onde encontrar”. Ela aparece no final do livro, nas páginas 1639-1697. Esperamos que esse seja o primeiro lugar ao qual o leitor recorrerá quando tiver o desejo de encontrar algo na Bíblia. 

A seção “Onde encontrar” inclui diversos e úteis recursos, sendo o mais notável deles o “Guia de assuntos”. Se o leitor procura informações sobre uma passagem conhecida ou busca ajuda para uma questão crucial da vida, o “Guia de assuntos” deve ajudar a solucionar problemas do tipo “não consigo encontrar”. 

Ao publicar a Bíblia de estudo facilitado, não estamos tentando acrescentar coisas à Bíblia nem revigorá-la. A Palavra de Deus fala por si só. Ela é o mais poderoso livro já escrito, e não precisa de nenhuma ajuda. Somos nós, seus leitores, que precisamos de ajuda, e esta Bíblia simplesmente oferece conselhos práticos para o leitor comum. 

A Bíblia de estudo facilitado é, basicamente, uma Bíblia de leitura. Estudos mais profundos requerem livros acadêmicos ou comentários, mas acreditamos que o hábito da leitura regular da Bíblia é a melhor forma de cristãos comuns se familiarizarem com toda a amplitude da Palavra de Deus. Uma boa medida de nosso sucesso consistirá em saber se esta publicação ajuda você a ler a Bíblia por conta própria. Este, afinal, é nosso objetivo último. 

**Philip Yancey e Tim Stafford, organizadores.


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Fonte:http://www.clcportugal.com/_CLCPortugal/BEF%20-%20ISSUU.pdf

Amando a Deus com Todo o Nosso Entendimento

30.12.2015
Do blog VOLTEMOS AO EVANGELHO, 00.00.15
Por Rev. Heber Campos Jr.

A centralidade de Cristo em nossos pensamentos


Texto base: Marcos 12:28-30

Se compararmos o texto de Marcos com o texto original (Dt 6:5) perceberemos que Cristo adiciona o amar com “todo entendimento”. O ponto é deixar claro que temos que amar a Deus com todo nosso ser, inclusive nosso pensar. Mas pense sobre isso. Será que estamos acostumados a amar alguém com nossa mente? Falamos: “eu te amo de todo coração” ou “eu te amo de toda minha alma”, mas quem fala “eu te amo com todo meu cérebro”? Então, como amar a Deus com toda nossa mente, tendo nosso pensamento centrado em Cristo, principalmente fora da igreja?

Amar a Deus com todo o teu entendimento

Precisamos aprender a ter prazer tanto ao ler a Bíblia, quanto ao ler o livro da natureza, as coisas que Deus criou. E esse pensar faz com que nosso amor desperte. Quando você ama alguém você busca conhecê-la. Da mesma forma, quem ama a Deus irá buscar conhecê-lo; e quanto mais o conhecermos, mais glorioso Ele será aos nossos olhos.

Amar a Deus com todo o teu entendimento

Somos chamados para amar a Deus com o entendimento que já temos dele. Precisamos crescer em entendimento, mas isso não significa que para amar a Deus você precisa antes ser um PhD.

Amar a Deus com todo o teu entendimento

E este é o desafio: todo nosso pensamento, quer extensivamente (todo tipo de pensamento), como intensivamente (com todo empenho).

A primeira coisa que precisamos aprender disso é não dividir a mente, como se houvesse uma mentalidade para a igreja e outra para fora da igreja. A divisão não é se algo é de igreja (“gospel”) ou não, mas se Deus é honrado ou não – e isso pode acontecer tanto dentro como fora da igreja.

Em segundo lugar, será que pensamos como o mundo? Alguns exemplos:

• O que é preciso para casar? Estabilidade financeira? Terminar a faculdade, mestrado, doutorado? Construir a casa própria? Não é assim que o mundo pensa? Será que temos, como o mundo, confiado no dinheiro ou temos confiado em Deus?

• Tratamos fé e trabalho são coisas separadas? Será que um cristão pode trabalhar em qualquer coisa? Seu trabalho fere princípios morais da Escritura?

• Somos seguidores ou criados de cultura? Será que estamos copiando as coisas do mundo e adicionado o termo “gospel” depois?

Se você pensa como o mundo, você será mundano mesmo que esteja dentro da igreja. Mas seja encorajado pelo exemplo de Daniel, que fez apesar de ter feito “a faculdade da Babilônia” (e você não precisa fugir da sua faculdade) não se contaminou com as coisas do mundo e manteve sua santidade e cosmovisão.
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Fonte:http://voltemosaoevangelho.com/blog/2012/07/heber-campos-jr-amando-a-deus-com-todo-o-nosso-entendimento/

Cosmovisão Cristã - Aula 02/09 - Rev. Heber Campos Jr.

30.12.2015
Do canal do Youtube da Escola Charles Spurgeon
Por Rev. Heber Campos Jr.


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Fonte:https://www.youtube.com/watch?v=WbB6kxlPVD0

NANCY PEARCEY: “Verdade Absoluta”, libertando o Cristianismo de seu cativeiro cultural

29.12.2015
Do blog PERIGRINANDO, 16.03.13
Por AFTERWHILE

Resenha

Resultado de imagem para nancy pearcey verdade absoluta

PEARCEY, Nancy. Verdade Absoluta: libertando o Cristianismo de seu cativeiro cultural. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, 526 p.
Resultado de imagem para nancy pearcey verdade absolutaA autora, Nancy Randolph Pearcey, é reputada como uma das mentes mais brilhantes que servem ao cristianismo evangélico. Profundamente influenciada por Francis Schaffer, Nancy Pearcey é professora visitante no Torrey Honors Institute, na Biola University. Seu currículo inclui um mestrado em Ciências Humanas (M. A.) pelo Covenant Theological Seminary, e outros trabalhos de pós-graduação em filosofia no Institute for Christian Studies, em Toronto, no Canadá. Além da obra em questão, Pearcey é co-autora de outros livros vertidos para o português, como por exemplo: A Alma da Ciência (Cultura Cristã), O Cristão na Cultura de Hoje e E Agora, Como Viveremos? (CPAD).
Verdade Absoluta, não obstante sua profundidade, nada mais é do que uma introdução ao pensamento de cosmovisão cristã. Em todo o escopo da obra é possível perceber a influência de Schaeffer sobre a autora, principalmente na reiterada alusão à dicotomia representada pelos dois pavimentos (público e particular), algo presente nas obras de Schaeffer. Com isso em mente, percebe-se que a tese central do livro é mostrar que uma cosmovisão cristã é possível, pois o Cristianismo possui as respostas para todos os dilemas da existência humana.
Visando atingir o seu objetivo, que é “libertar o evangelho para se tornar a força redentora em todas as áreas da vida” (PEARCEY, 2004. p. 25), a autora estrutura o livro em quatro partes: 1) O que há numa Cosmovisão; 2) Começando do Começo; 3) Como Perdemos a Mente Cristã; e 4) E agora? Vivendo Intensamente. Na primeira parte, Pearcey introduz o conceito de cosmovisão e diagnostica a situação do pensamento cristão no mundo pós-moderno. Os cristãos pós-modernos absorveram a verdade em dois pavimentos, de maneira que a fé cristã tem ficado restrita à área das convicções pessoais, enquanto na esfera pública vivem de acordo com pressupostos claramente anticristãos. Ela demonstra, de forma magistral, que não há nenhum sistema de pensamento que seja produto puro da Razão. Pelo contrário, “todo sistema de pensamento inicia-se em algum princípio último. Se não começa com Deus, começa com uma dimensão da criação – o material, o espiritual, o biológico, o empírico ou o que quer que seja” (op. cit., p. 45). Em virtude disso, é extremamente necessário que os cristãos desenvolvam, de forma consciente uma abordagem bíblica para todos os assuntos. Com isso em mente, e visando destruir a grade secular/sagrado, Pearcey apresenta a estrutura da visão de mundo cristã, a tríade Criação-Queda-Redenção. De acordo com ela, todas as cosmovisões podem ser analisadas a partir destes grandes temas, pois todas elas oferecem uma teoria de como tudo veio a existir, o que deu errado, e como restaurar o que foi estragado. De modo prático, ela demonstra como os três grandes temas estão presentes no pensamento de Marx, Rousseau, Margaret Sanger e no budismo.
A segunda parte possui visa fornecer ferramentas para defender a fé cristã dos desafios do naturalismo darwinista e fornecer “argumentos positivos a favor do desígnio inteligente” (PEARCEY, op. cit., p. 168). O ponto a ser salientado é que, o darwinismo é o responsável por uma ampla gama de tendências sócio-culturais extremamente ruins. O primeiro passo nessa empreitada é invalidar a pretensa autonomia dos cientistas naturalistas, bem como a suposta veracidade das evidências apresentadas em favor do darwinismo. Sintomático é o compromisso religioso dos cientistas com o naturalismo, a despeito das falsificações apresentadas e desmascaradas. Como Pearcey coloca: “Pelo visto, até provas falsificadas são aceitáveis, caso reforcem a ortodoxia darwinista” (op. cit., p. 182). Fica claro, que o darwinismo, sim, é uma crena irracional, que se opõe à verdade dos fatos. O darwinista crê a despeito de suas fraudes. Como exemplo da influência desastrosa do naturalismo darwinista na cultura, Pearcey apresenta a reconstrução da psicologia, da educação, do direito e até mesmo da teologia em termos evolucionários.
A terceira parte apresenta a espiral descendente histórica do pensamento cristão americano a partir do século XIX. Fundamental para a perda da mente cristã na América foi o papel exercido pelo Evangelicalismo. Destaca-se o movimento reavivalista, com sua ênfase no individualismo em detrimento da confessionalidade. Uma das ênfases desse movimento era que o a fé cristã era algo para ser sentido, o que, por sua vez, levou a fé para o pavimento do privado. A fé passou a ser tratada como simples questão de preferência pessoal. O reavivalismo recebeu forte oposição da ala erudita do Evangelicalismo, que se esforçou para dar uma expressão filosófica à fé cristã, mas que, em virtude da influência da filosofia baconiana, acabou reforçando a ideia de que o conhecimento público deve ser livro de qualquer pressuposto religioso.
Já a quarta parte aborda a relação entre a verdadeira espiritualidade e a visão de mundo cristã. Pearcey intenta apontar o caminho para a aplicação dos princípios absolutos da Escritura à experiência cotidiana. Ela expõe: 1) o perigo dos chamados Ídolos do Coração, que são barreiras existentes no relacionamento entre Deus; 2) a Teologia da Cruz, que exige uma profunda identificação do cristão com o Cristo rejeitado, crucificado e ressurreto, além da “morte espiritual”, que no pensamento da autora, é a escolha pela obediência aos mandamentos de Deus em todas as áreas da vida. Como ela pontua muito bem: “Ter uma cosmovisão cristã não é só responder a perguntas intelectuais. Também significa seguir princípios bíblicos nas esferas pessoais e práticas da vida” (op. cit., p. 404).
Verdade Absoluta é um livro excelente. A sua principal contribuição está na convocação implícita para o engajamento cristão para que a cosmovisão bíblica seja desenvolvida e venha a produzir uma influência holística, nas áreas profissional, acadêmica, familiar e religiosa. Os cristãos devem compreender que possuem um papel ativo no cumprimento do mandato cultural. A fé cristã deve ser devidamente articulada e apresentada como relevante a todos os aspectos da realidade. Em uma era confusa, caracterizada pela associação entre antiintelectualismo e espiritualidade, Verdade Absoluta se constitui em uma leitura indispensável. De fato e de verdade, o Cristianismo é a “Verdade sobre a realidade total”. É preciso proclamar esta verdade.”
visto em 16.03.11 às 22:40 (moscou) –          http://www.skoob.com.br/livro/resenhas/41266/mais-gostaram/
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Fonte:https://afterwhile.wordpress.com/2011/03/16/resenha-verdade-absoluta/

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Fé, emoções e imaginação

29.12.2015
Do portal ULTIMATO ON LINE, 12.2013
Por Ricardo Barbosa de Sousa

 50 anos sem C. S. Lewis

Um dos escritores que mais influenciaram o cristianismo no século 20 não foi um teólogo, nem um pastor ou missionário, não ocupou grandes púlpitos, não viajou pelo mundo afora pregando em grandes catedrais. Foi um professor universitário de literatura, tímido e que, até a sua conversão, aos 31 anos, fora um ateu convicto. Clive Staples Lewis (1898–1963), conhecido como C. S. Lewis, tornou-se um dos maiores pensadores do cristianismo moderno.

Uma pesquisa realizada há alguns anos entre os leitores da revista americana “Christianity Today” mostrou que, depois da Bíblia, o livro que mais influenciou suas vidas foi “Cristianismo Puro e Simples”, de C. S. Lewis. Uma das razões para a influência contínua dos seus livros entre os cristãos, na minha opinião, é a forma como ele relaciona a razão com a emoção e a imaginação na experiência da fé.

Para Lewis, se a razão era o meio natural para se compreender a verdade, a “imaginação era o meio que dava o seu significado”. A melhor forma de dar significado a conceitos ou palavras é estabelecer uma imagem clara para nos conectar com a verdade. Ele acreditava que a aceitação das coisas como elas se apresentam ao nosso intelecto revela uma fraqueza e um empobrecimento da compreensão da realidade.

Esse tema é retratado em “Surpreendido pela Alegria”, no qual ele narra sua experiência de conversão e descreve o crescente conflito entre a razão e a imaginação em sua formação: “Assim, tal era o estado da minha vida imaginativa; em contraste com ela, erguia-se a vida do intelecto. Os dois hemisférios da minha mente formavam acutíssimo contraste. De um lado, o mar salpicado de ilhas da poesia e do mito; de outro, um ‘racionalismo’ volúvel e raso. 

Praticamente tudo o que eu amava, cria ser imaginário; praticamente tudo o que eu cria ser real, julgava desagradável e inexpressivo…”. De um lado, “o mar salpicado de ilhas da poesia e do mito”; de outro, “um racionalismo volúvel e raso”. Foi sua impressionante capacidade de reconhecer o valor de ambos que contribuiu para a riqueza de sua obra.

Em seu livro “Cristianismo Puro e Simples”, ao falar sobre a relação entre a fé e as emoções, ele aborda o tema criando o seguinte cenário: “Um homem tem provas concretas de que aquela moça bonita é uma mentirosa, não sabe guardar segredos e, portanto, é alguém em quem não se deve confiar. Entretanto, no momento em que se vê a sós com ela, sua mente perde a fé no conhecimento que possui e ele pensa: ‘Quem sabe desta vez ela seja diferente’, e mais uma vez faz papel de bobo com ela, contando-lhe segredos que deveria guardar para si. Seus sentidos e emoções destruíram-lhe a fé em algo que ele sabia ser verdadeiro”.

O problema da fé não está na razão como meio para se compreender a verdade, mas na forma como respondemos a essa verdade emocionalmente. Para que a fé seja consistente, ela precisa conectar a razão com as emoções, e isso se faz por meio da imaginação. Ele reconhece que “não é a razão que me faz perder a fé: pelo contrário, minha fé é baseada na razão… A batalha se dá entre a fé e a razão, de um lado, e as emoções e a imaginação, de outro”.

A fé como expressão lógica da razão atrofia a alma num cristianismo árido. Contudo, a fé como expressão de sentimentos e emoções envolve a alma numa espécie de balão, levado por qualquer vento, para qualquer lugar. O uso da imaginação integra a razão com os sentimentos e oferece à fé um significado real, para um mundo real.

• Ricardo Barbosa de Sousa é pastor da Igreja Presbiteriana do Planalto e coordenador do Centro Cristão de Estudos, em Brasília. É autor de, entre outros, “A Espiritualidade, o Evangelho e a Igreja”.

Leia mais

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Fonte:http://www.ultimato.com.br/revista/artigos/345/fe-emocoes-e-imaginacao

NÃO SOU TOTALMENTE CONTRA O NATAL

29.12.2015
Do blog MATÉRIAS DE TEOLOGIA
Por  AUGUSTUS NICODEMUS LOPES   

augustus nicodemus

Como todos os cristãos em geral, eu sou contra a secularização do Natal, o comércio que se faz em torno da data, as festas e bebedeiras que ocorrem na época. Todos sabemos que Papai Noel, árvores de Natal, guirlandas, bolinhas brilhantes e coloridas, bengalinhas de açúcar e anjinhos pendurados nas árvores, nada disso faz parte do Natal. São acréscimos culturais e pagãos feitos ao longo dos séculos e certamente não pelos verdadeiros cristãos.

Por isto, acho que não deveríamos ter nos cultos de Natal qualquer desses símbolos, desde Papai Noel até a árvore. Há quem pense diferente. Ellen White, profetiza mor do Adventismo, ensinava que se deveria ter uma árvore de Natal no culto e que a mesma poderia ser enfeitada durante a celebração.

"Deus muito Se alegraria se no Natal cada igreja tivesse uma árvore de Natal sobre a qual pendurar ofertas, grandes e pequenas, para essas casas de culto”. [1] 

Sou veementemente contra essa ideia.


Também sou contra fazer de 25 de dezembro uma espécie de dia “santo”. Para nós, há somente um dia “santo”, por assim dizer, que é o dia do Senhor, o domingo. A maioria dos cristãos esclarecidos sabe que a data 25 de dezembro foi escolhida depois do período dos apóstolos, por três razões: para substituir as celebrações pagãs da Saturnália, substituir as celebrações do solstício do inverno, quando era adorado o Sol Invicto e por ser a data de aniversário do imperador Constantino. Todos estão conscientes de que Jesus pode não ter nascido – e provavelmente não nasceu – nessa data. Ela é uma convenção apenas, aceita pela Cristandade desde tempos antigos.

Por causa dos abusos, dos acréscimos pagãos e do desvirtuamento do sentido, muitos têm se posicionado contra as celebrações natalinas no decorrer dos séculos. Posso entender perfeitamente seus argumentos. Um bom número de seitas, por exemplo, insiste que o Natal é uma festa pagã e que todos os verdadeiros cristãos deveriam afastar-se dela.

As Testemunhas de Jeová estão entre as que atacam de maneira mais ferrenha as festividades natalinas. Num artigo intitulado "Crenças e Costumes que Desagradam a Deus" as Testemunhas de Jeová argumentam:


"Jesus não nasceu em 25 de dezembro. Ele nasceu por volta de 1° de outubro, época do ano em que os pastores mantinham seus rebanhos ao ar livre, à noite (Lucas 2:8-12). Jesus nunca ordenou que os cristãos celebrassem seu nascimento. Antes, mandou que comemorassem ou recordassem sua morte (Lucas 22.19,20)".[2] 

Todavia, considerando a rejeição aberta e agressiva que as Testemunhas de Jeová mantém contra a Encarnação e a divindade de Jesus Cristo, não se poderia esperar outra atitude deles.

Mais recentemente, igrejas e pregadores neopentecostais passaram a atacar duramente os cultos natalinos. Os argumentos são similares aos das seitas contra o Natal, só que com mais ênfase no caráter pagão-satânico do "bom velhinho". O ataque é resultado da visão dicotomizada de mundo que caracteriza muitos neopentecostais (não a todos, obviamente) e faz parte das críticas que fazem aos programas de Disney, às cartas de baralho, às mensagens satânicas subliminares em músicas de rock, etc., o que enfraquece bastante a força dos seus ataques ao Natal.

Os abusos e distorções também têm provocado reação contrária ao Natal de pastores e estudiosos reformados. Os argumentos são basicamente os mesmos empregados pelas seitas e pelos neopentecostais, sem que com isso queiramos comparar ou assemelhar esses grupos: falta de prescrição bíblica, incerteza da data exata do nascimento, origem pagã da festa e introdução de elementos pagãos ao longo do tempo.

Estou de acordo com as críticas feitas aos abusos e distorções. Todavia, acredito que precisamos jogar fora somente a água suja da banheirinha, e não o bebê. Penso que a realização de um culto a Deus em gratidão pelo nascimento de Jesus Cristo nessa época do ano, como parte do calendário de ocasiões especiais da Cristandade, se encaixa no espírito cristão reformado.

Além do que, alguns dos argumentos usados para a cessação total da realização de cultos dessa ordem não me parecem persuasivos.
        
Por exemplo, o argumento do silêncio da Bíblia, usado quanto às prescrições de comemorar o nascimento de Jesus, para mim não é definitivo. A Bíblia silencia quanto a muita coisa que é praticada nos cultos das seitas, dos neopentecostais e mesmo dos reformados. Eu sei que a celebração dos anjos e pastores na noite do nascimento de Jesus, bem como a atitude dos magos posteriormente, não são argumentos suficientes para estabelecermos cultos natalinos, mas pelo menos mostra que não é errado nos alegrarmos com o nascimento do Salvador.

Os argumentos de que os Reformadores, puritanos e presbiterianos antigos eram contra o Natal também não é final. A começar pela falibilidade das opiniões deles, especialmente em áreas onde as Escrituras não tinham muita coisa a dizer. Há muita manipulação das opiniões desses antigos heróis da fé pelos seus seguidores hoje (entre os quais me incluo, mas não na categoria de seguidor cego). Quando eles concordam, são citados. Quando discordam, são esquecidos. Aliás, não tenho certeza que Calvino era contra cultos em ocasiões especiais do calendário cristão. Ao que parece, ele era favorável.

A questão toda, ao final, é quanto ao calendário litúrgico, isto é, a validade ou não das igrejas reformadas realizarem cultos temáticos alusivos às datas tradicionais da Cristandade, como o nascimento de Jesus, sua paixão, morte e ressurreição, Pentecostes, etc. Nenhum Reformado realmente coloca 25 de dezembro como um dia santo, em mesmo pé de igualdade com o domingo. Trata-se de uma data do calendário litúrgico cristão, que pode ou não ser usado como uma ocasião propícia.

As grandes confissões reformadas consentem com o uso dessas datas. A Confissão de Fé de Westminster diz que

"... são partes do ordinário culto de Deus, além dos juramentos religiosos; votos, jejuns solenes e ações de graças em ocasiões especiais, tudo o que, em seus vários tempos e ocasiões próprias, deve ser usado de um modo santo e religioso." [3] 

A Segunda Confissão Helvética de 1566, produzida sob supervisão de Bullinger, discípulo de Calvino, declara (XXIV): "Ademais, se na liberdade cristã, as igrejas celebram de modo religioso a lembrança do nascimento do Senhor, a circuncisão, a paixão, a ressurreição e Sua ascensão ao céu, bem como o envio do Espírito Santo sobre os discípulos, damos-lhes plena aprovação".

A velha Igreja Reformada Holandesa, no famoso Sínodo de Dort (1618-1619), adotou uma ordem para a igreja que incluía a observância de vários dias do calendário cristão, inclusive o nascimento de Jesus (art. 67). Isso mostra que, no mínimo, muitos Reformados eram favoráveis à celebração de datas especiais do calendário litúrgico cristão.

Por fim, creio, também, que a celebração do Natal no calendário cristão encaixa-se perfeitamente com a celebração dos grandes eventos da redenção pela oportunidade de esclarecer a doutrina da Encarnação (João 1.1-4,14). Afinal, o que deve ser celebrado não é simplesmente o nascimento de Jesus, mas a encarnação do Verbo de Deus, a vinda do Emanuel para a libertação do seu povo. Pode-se argumentar que esta doutrina (e outras quaisquer), podem ser ensinadas e celebradas regularmente pelo povo Deus, em qualquer domingo. Mas o argumento contrário também poderia ser usado: deveríamos parar de celebrar qualquer culto que não seja no domingo?

NOTAS

[1] Review and Herald, 11 de dezembro de 1879. Citado em http://www.cacp.org.br/Natal_e_os_adventistas.htm

[2] http://www.watchtower.org/t/rq/article_11.htm

[3] Confissão de Fé de Westminster, XXI, 5.




LEIA MAIS SOBRE O NATAL

[O NOME DE JESUS E O NATAL - MAURO MEISTER]

[O NOME DE JESUS E O NATAL - AUGUSTUS NICODEMUS (ÁUDIO)]

[O QUE VOCÊ FARÁ DE JESUS NESTE NATAL? - HERNANDES D. LOPES]

[OS CRISTÃOS DEVEM CELEBRAR O NATAL? - JOHN MACARTHUR]

[NATAL E CALVINISMO - JONATHAN MASTER]

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Fonte:http://www.materiasdeteologia.com/2013/12/nao-sou-totalmente-contra-o-natal-augustus-nicodemus.html

Introdução à Teologia Sistemática -1/13- Antonio Neto

29.12.2015
Do  canal do Youtube da Escola Charles Spurgeon
Por Antônio Neto

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Fonte:https://www.youtube.com/watch?v=OThB9BDhvmM&list=PLllLejb59ly0EedUghXgUr-4Ziq2ivu-a

Repousará sobre ele o espírito do Senhor

29.12.2015
Do portal ULTIMATO ON LINE
DEVOÇÕES DIÁRIAS
Por Ricardo Barbosa de Sousa

sábado

“Vem, Espírito Santo, vem, Mestre dos humildes e juiz dos altivos.

Vem, esperança dos pobres, conforto dos cansados. Vem, estrela

sobre o mar, salvação no naufrágio. Vem, glorioso adorno de todos

os viventes, de todos os mortais única salvação. Vem, Espírito Santo,

comisera-te de nós. Prepara-nos para tua obra. Preenche nossa

pobreza com o teu poder, vem de encontro à nossa fraqueza com a

plenitude de tua graça.”

Anselmo de Cantuária, 1033-1109, (teólogo e bispo inglês).

Meditação

“Repousará sobre ele o Espírito do Senhor, o Espírito de sabedoria e de entendimento, o Espírito de conselho e fortaleza, o Espírito de conhecimento e temor do Senhor” (Isaías 11:2).

O Espírito do Senhor também tem nome, ele é o Espírito de: sabedoria, entendimento, conselho, fortaleza, conhecimento e temor do Senhor. São estes adjetivos que nos ajudam a conhecê-lo, que formam o conjunto de sua revelação. Ele é o Espírito da verdade que nos conduz a toda a verdade.

Jesus inaugura seu ministério público em Nazaré lendo as Escrituras que afirmam: “O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres…”. Seu ministério encontra-se em perfeita sintonia com a profecia de Isaías. O Espírito do Senhor que repousa sobre ele é Espírito de vida, de discernimento, de compreensão da vontade e propósito de Deus. O menino da manjedoura de Belém sempre trouxe grande admiração pela sua sabedoria, e autoridade de quem sabe o que ensina. O evangelista Lucas nos diz que ele “crescia em sabedoria, estatura e graça diante de Deus e dos homens“.

Você tem crescido em sabedoria, maturidade e discernimento?

Intercessão

Clame por uma vida mais plena do Espírito de Deus, que ele te torne sábio para a compreensão e discernimento da vontade do Senhor. Peça a ele que te dê coragem e temor para viver uma vida santa, justa e reta.

Hino

Enche-me Espírito, mais que cheio quero estar,

Eu o menor dos teus vasos, posso muito, transbordar

Ó dá-me falar cada dia, com salmos hinos de amor

Ó dá-me viver cada dia, com gratidão e louvor.

Ó dá-me falar cada dia, com salmos hinos de amor,

Em sujeição uns aos outros, com gratidão e temor.

Oração

Senhor, que teu Espírito repouse sobre mim e me dê a sabedoria que necessito para viver de forma mais real e verdadeira. Reconheço que facilmente sou seduzido pelas fantasias irreais de um mundo falso e mentiroso, estou continuamente fugindo da verdade. Me conduza, por meio do teu Espírito, a temer somente a ti e a viver somente para o teu louvor.

Amém

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Fonte:http://ultimato.com.br/sites/devocional-diaria/2015/12/26/autor/ricardo-barbosa-de-sousa/repousara-sobre-ele-o-espirito-do-senhor/