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sábado, 14 de fevereiro de 2015

Carnaval: a festa da carne

15.02.2015
Do portal da CPAD NEWS, 10.02.15
Por Pr. Douglas Roberto de Almeida Baptista

os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito, para as coisas do Espírito” (Rm. 8.5).

Pr. Douglas BaptistaO carnaval é uma festa popular que quase sempre inclui folias, bailes, fantasias, desfiles, músicas, sensualidade, bebidas alcoólicas e até drogas ilícitas. As comemorações acontecem oficialmente em três dias, do domingo à terça-feira. E, no Brasil, o "sábado de carnaval" também é dia de festa, sem falar nas diversas folias pré-carnavalescas e nas micaretas e carnavais fora de época.

A palavra carnaval deriva da expressão latina “carne levare”, que significa abstenção da carne. O termo remonta aos séculos XI e XII para designar a véspera da quarta-feira de cinzas. Os teóricos explicam a expressão a partir dos termos do latim tardio “carne vale”, isto é, despedida da carne; o que indica que no carnaval o consumo de carne é permitido pela última vez antes do jejum quaresmal que antecede a páscoa.

A origem da festa é incerta. No entanto, o carnaval é associado às celebrações da Roma antiga, como as festas libertinas em homenagem aos deuses mitológicos Baco e Saturno. Baco de origem grega é conhecido como Dionísio responsável pela fertilidade. Era também o deus do vinho e da embriaguez. As famosas bacanais eram festas de muito vinho, erotismo, orgias e alegria descabida.

Outro elemento associado ao carnaval é o deus “Momo” da mitologia grega. Ele morava no Olimpo junto aos deuses, porém sempre rindo dos outros, Zeus o expulsou e o condenou a perambular pela terra. Essa figura mitológica foi incorporada pelos gregos e romanos em suas comemorações, principalmente as que envolviam irreverência e desinibição.

Na Grécia, nos séculos V ou IV a.C, os primeiros reis Momos desfilavam em festas de orgia. O escolhido era alguém obeso e extrovertido. Já nas bacanais romanas, o Rei Momo era escolhido entre os soldados mais belos do Exército. O escolhido desfrutava de todas as regalias durante a festa. Terminada a folia, ele era levado ao altar do deus Saturno para ser sacrificado. No carnaval moderno o “Rei Momo” recebe as “chaves” da cidade para comandar os foliões.

O carnaval também é regado de bebida alcoólica e erotismo. Na Mitologia, o deus Baco que também é conhecido como Dionísio, foi convocado por Zeus para viver na terra e ensinou o homem a cultivar os vinhedos. Tornou-se o deus do vinho e da embriaguez. Era responsável pelo patrocínio das festas e das comemorações regadas com bebidas e luxúria. No mundo grego e romano, os Bacanais eram festas de orgias em sua honra.

Devido à popularidade da festa, no século XV o Papa Paulo II oficializou o carnaval no calendário católico. O evento passou a marcar a data que antecede a abstinência de carne requerida pela quaresma. Deste modo nos dias de “carnaval” a carne está liberada. Assim, o fiel católico pode esbaldar-se e praticar todas as obras da carne. Porém, depois, precisa praticar o jejum quaresmal e purificar-se para a celebração da páscoa.

Lamentavelmente, o carnaval é a sobrevivência de práticas pagãs. É a manifestação clara das obras da carne descritas e condenadas pela Palavra de Deus: adultério, prostituição, impureza, lascívia... bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes. Paulo declara que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus (Gl 5.19-21).
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Fonte:http://www.cpadnews.com.br/blog/douglasbaptista/o-cristao-e-o-mundo/118/carnaval:-a-festa-da-carne.html

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