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sábado, 28 de fevereiro de 2015

CRISTIANISMO E POLÍTICA: Teoria bíblica e prática histórica

28.02.2015
Do portal ULTIMATO ON LINE
Por Robinson Cavalcanti

Cristianismo e Política -- Teoria bíblica e prática histórica
Para o autor, não há nada mais cientificamente inexato e conceitualmente impossível do que a pretensão de ser apolítico. Ser político é algo inerente à condição do ser humano. Política significava, originalmente, o conhecimento, a participação, a defesa e a gestão dos negócios da polis. É impossível a existência sem autoridades, normas, sanções, mecanismos de participação, formas de decisão.

Ser apolítico é fazer uma opção para fora, uma opção pelo não ser, pela omissão. O apolitismo é uma elaboração de desculpa para o indesculpável, revestida, no caso do cristão, de uma embalagem espiritual, uma “espiritualização” do pecado. A ignorância, o medo, o preconceito, o egoísmo e a não-autenticidade são causas de tão danosa escolha.

Na história da batalha entre o reino de Deus e o reino da perdição, a tarefa do cristão é derrotar o demônio e empurrá-lo para fora desse domínio. É afirmar o senhorio de Jesus Cristo na história. A luta por um sistema mais justo ou por leis mais justas não pode ser travada às custas do esquecimento de que é necessária a graça de Deus para transformar o velho homem. E que qualquer mobilização ou ação política deve começar de joelhos.

O QUE DISSERAM

Por uma Igreja engajada 

Robinson Cavaltanti discute participação política dos cristãos brasileiros em lançamento da Ultimato

Pioneiro da discussão sobre a participação política da Igreja Cristã brasileira, o bispo anglicano Robinson Cavalcanti é autor de alguns livros que se tornaram referência. Os muitos anos de experiência como cientista político e na docência de duas universidades de Pernambuco fazem dele uma autoridade no assunto, ministrando palestras em vários pontos do Brasil. Uma das mais recentes foi em São Paulo, durante o lançamento de Cristianismo & Política - Teoria bíblica e prática histórica, publicado pela Ultimato. 

No livro, Robinson Cavalcanti aborda questões das quais muitos cristãos têm um certo medo, como as referências bíblicas à política no Antigo e no Novo Testamento, o caráter social das atividades de Jesus, o envolvimento partidário das igrejas e muito mais. No momento em que o país passa por mudanças políticas, é uma leitura facilmente recomendável nos pontos de venda. 


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Fonte:http://www.ultimato.com.br/loja/produtos/cristianismo-e-politica

JARDIM DA COOPERAÇÃO: Evangelho, redes sociais e economia solidária

28.02.2015
Do portal ULTIMATO ON LINE
Por Paulo Roberto B. de Brito, org.


Jardim da Cooperação -- Evangelho, redes sociais e economia solidáriaAs iniciativas sociais de evangélicos, às vezes desconhecidas, representam uma contribuição notável para a sociedade brasileira. Iniciativas históricas de atuação e ocupação do espaço público, projetos com resultados surpreendentes e organizações com reconhecida competência atendem a uma grande variedade de públicos e programas em todo o país. 

A Rede Evangélica Nacional de Ação Social — RENAS quer fortalecer a base evangélica da ação social, compartilhar boas práticas, reflexões bíblicas e experiências históricas, para encorajar e capacitar organizações, igrejas e pessoas a promoverem a transformação integral. 

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“Quero que haja tanta justiça como as águas de uma enchente e que a honestidade seja como um rio que não pára de correr.” 
— Amós 5.24 

“A fé cristã é comunitária. Todo pão é pão nosso, todo perdão é perdão nosso, toda vitória é vitória nossa, todo produto é produto nosso e toda bênção é bênção nossa, pois sabemos que a verdadeira identidade de cada um está no relacionamento. Este princípio está nas Escrituras desde sempre.” 
— Ariovaldo Ramos 

“O que nos move no evangelho é a fé no Deus revelado, na pessoa de Jesus Cristo. Devemos estar dispostos a participar de coisas que valham a pena, que tenham sinais de vida, que garantam a promoção humana, que se permeiem de tolerância e acolhimento, movimento que, de fato, possui valor evangélico.” 

— Carlos Queiroz



Apresentação

Prefácio 

Introdução

Parte 1 – Contribuições bíblicas para o 
entendimento das relações econômicas 

1. Cooperativas do reino, Ariovaldo Ramos 
2. Economia e plenitude de vida, C. René Padilla 
3. O descanso e as terras livres, Milton Schwantes 

Parte 2 – Exemplos históricos de 
“Redes Sociais Cristãs” 

4. O cristianismo como rede de solidariedade, Gustavo A. Leal Brandão 
5. Contribuição do Movimento Metodista para o entendimento da indissociabilidade entre evangelização e ação social, Welinton Pereira da Silva 

Parte 3 – Panorama da assistência 
social no Brasil 

6. Assistência social e o controle da sociedade, Sílvio Iung
7. A natureza e o papel das ONG’s e denominações evangélicas no terceiro setor no Brasil, Débora Fahur
8. Lançando a rede: um olhar antropológico sobre a constituição da RENAS, Flávio Conrado

Parte 4 – Redes, parcerias, participação popular 
e desenvolvimento social 

9. A formação de redes para o desenvolvimento do terceiro setor, Cristiano R. Heckert e Márcia T. da Silva 
10. Ação social e a participação, Jane Maria Vilas Bôas 
11. Elaboração e gestão de projetos em parceria com o poder público: oportunidades e riscos, Werner Fuchs
12. A importância da gestão financeira no terceiro setor, Ilídio C. Oliveira Jr.

Parte 5 – Desenvolvimento comunitário 

13. Crescendo rumo às intenções de Deus: a aplicação da cosmovisão cristã na área do desenvolvimento comunitário, Mauricio J. S. Cunha 
14. Desenvolvimento local integrado e gestão compartilhada, Juarez de Paula
15. A produção social do habitat: estratégias para a sua implementação, Ademar de Oliveira Marques 

Parte 6 – Geração de trabalho e renda 

16. A agroecologia e a geração de trabalho e renda na agricultura familiar, Paulo Roberto B. de Brito 
17. Fundos rotativos: uma alternativa de geração de autonomia, trabalho e renda, 
Elza F. Gonçalves e Marcos Gilson G. Feitosa 
18. Comércio justo e solidário – uma forma sustentável de fazer negócios, Glayson Ferrari Santos 

Notas

Bibliografia


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Fonte:http://www.ultimato.com.br/loja/produtos/jardim-da-cooperacao

Não desafie sua natureza humana

28.02.2015
Do portal GOSPEL PRIME
ARTIGOS
Por Pb Josiel Dias

Resista ao diabo e ele fugirá. Mas corra, fuja de impulsos de sua natureza humana
Somos impulsionados todos os dias, por nossa natureza humana, a cometer coisas que, muitas vezes, não queremos realizar, mas quando notamos já fizemos, já praticamos. Não tem como lutar sozinho contra a nossa natureza adâmica, as vezes é preciso fugir, correr, passar de largo desses impulsos do velho Adão, pois conhecendo bem nossa estrutura será fatal desafiar a nossa natureza e confiar em nossa “carne”. Maldito o homem que confia no homem. Jeremias 17:5
. “O coração é enganoso e incurável, mais que todas as coisas; quem pode conhecê-lo?” Jeremias 17.9
Somos desafiados a resistir ao diabo, mas não a nossa natureza humana e pecaminosa.
A bíblia nos aconselha a resistir o diabo, certamente ele fugirá de nós, mas quando o assunto parte para a natureza humana o conselho é correr de seus impulsos e obras. O sangue do velho Adão ainda corre todos os dias em nossas veias. Por mais santo que você seja, por mais espiritual que você se encontre, a tua natureza te empurra para o pecado a cada segundo. O Apóstolo Paulo chega a dizer que se esbofeteia todos os dias, claro que ele está parafraseando quando diz isso, mas é como se falasse minha natureza precisa apanhar todos os dias.
Paulo denomina-se como miserável pecador, ou seja, ele sabe que não adianta resistir, lutar contra sua natureza pecaminosa. Romanos 7:24.  Para não fazer o que eu não quero o melhor é fugir, desviar, desvincular de algo que não consigo me controlar. A coisa é tão séria que quando percebemos já fizemos e porque fazemos?  Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço.  Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim. Romanos 7:19-20.
Claro que quem habitava no Apóstolo Paulo era o Espirito Santo, mas quando o Apostolo Paulo diz: o pecado que habita em mim ele se refere a sua natureza humana e pecaminosa que o impulsionava a todo instante a fazer algo contrário ao seu homem interior [espiritual] 1 Coríntios 9: 27
“José conhecia muito bem sua estrutura, sua natureza; por isso apressou-se em fugir da mulher de Potifar”.
Algumas pessoas já me perguntaram: Porque José não resistiu a mulher de Potifar? Ele não foi fiel a DEUS por onde passou? Mesmo em várias situações de sua trajetória “não continuou sendo fiel a DEUS”? Embora o texto seja curto e objetivo e nem entre em detalhes se José tinha ou não, pontos fracos, uma coisa eu sei: podemos aprender muito com essa atitude de José.
Alguns teólogos veem essa fugida de José como sendo um livramento e que o próprio José talvez tenha percebido, identificado a armadilha ou quem sabe a aparência do mal. Muitos homens, quem sabe vulneráveis a esta área do sexo, se ficassem ali, com certeza cairiam na armadilha do adultério com a mulher de Potifar.Gênesis 39
“Reconheça sua fragilidade e identifique a isca que te deixa vulnerável, sujeito a cair na armadilha do diabo”
Não confie jamais em sua natureza humana, você não é “tão forte espiritual como imagina ser”, muitas vezes é preciso identificar onde está a armadilha, a pegadinha ou o laço.
Embora Deus nos livre do laço do passarinheiro [Salmo 91:3] o livramento se dá muitas vezes por um escape, não espere que DEUS envie um anjo para impedir que você cometa algum impulso carnal. Não vem anjo algum, o que aparece pra você é um “escape” uma fuga. Tendo conhecimento de tal laço é melhor não tentar a DEUS. Lucas 4:12
Quem sabe alguém diga: Não tem problema é só um gole; não tem problema só vou ficar olhando; não tem problema é só um click; não tem problema é só uma cheirada. A melhor opção é escapar fugir; corra, mesmo que isso lhe custe algo, pois a melhor opção, conhecendo seu ponto vulnerável, é fugir.
Com certeza Deus te dará o escape no momento certo.
 Muitas pessoas coloca a culpa em Deus por passar por alguma tentação, muitos dizem: Deus permitiu para me fortalecer nesta área. Veja o que Tiago diz a respeito:
Quando alguém for tentado, jamais deverá dizer: “Estou sendo tentado por Deus”, Pois Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta. Cada um, porém, é tentado pela própria cobiça, sendo por esta arrastado e seduzido. Tiago 1:13-14.  A cobiça é a causa da queda, tudo isso vem de nossa natureza, mas podemos rejeitá-la, podemos fugir, pois se ficarmos, com certeza, seremos seduzidos. É melhor não mexer em algo que minha natureza não suportará.
Não veio sobre vós [provação], senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará [provar] acima do que podeis, antes com a [provação] dará também “o escape”, para que a possais suportar. O escape é correr, fugir, livrar-se da armadilha. 1 Coríntios 10:13
Portanto, sujeitai-vos a Deus. Resisti ao Diabo, e ele fugirá de vós! Tiago 4:7
Você é aconselhado a resistir Satanás, e ele fugirá de você, mas jamais resista sua natureza, jamais confie em você mesmo. Jeremias 17:5 “Maldito o homem que confia no homem”
Porque o que faço não o aprovo; pois o que quero isso não faço, mas o que aborreço isso faço.
E, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa. De maneira que agora já não sou eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim. Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum;e com efeito o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem. Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço.
Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim. Acho então esta lei em mim, que, quando quero fazer o bem, o mal está comigo. Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus; Mas vejo nos meus membros outra lei, que batalha contra a lei do meu entendimento, e me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros. Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte? Romanos 7:15-24
#FicaADica:  Não Confie em você, Não resista a sua Natureza, Fuja do laço!
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Fonte:http://artigos.gospelprime.com.br/nao-desafie-natureza-humana/

Ajuda ao Ferido: Não se preocupe; Deus está no controle!

28.02.2015
Do portal MINISTÉRIO JOYCE MEYER
Por Joyce Meyer

Por que Satanás ataca?

Eu acho muito útil entender que o inimigo nos ataca por vários motivos. Às vezes ele nos ataca porque fizemos algo errado. Quando fazemos isso, abrimos uma porta para o inimigo trazer confusão e estragos em nossa vida. Em Efésios 4:27 Paulo descreve esta situação como dando lugar ao diabo. A forma de lidar com isso é simplesmente voltando pra Deus e falando: “Pai, se eu fiz algo de errado, por favor, me mostre. Não quero dar lugar ao inimigo para operar em minha vida”. Se Deus lhe mostrar alguma coisa, arrependa-se, receba seu perdão, e continue. Se ele não lhe mostrar nada, não comece a escavar, entrando numa expedição para descobrir pecados secretos. Descanse em saber que se você fez alguma coisa errada, ele será fiel para lhe mostrar o que é.
“Seja vossa vida sem avareza. Contentai-vos com as coisas que tendes, porque ele tem dito: De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei”. Hebreus 13:5
Outra razão que leva o inimigo a nos atacar algumas vezes é por termos feito alguma coisa correta - nossa escolha e nossas ações que demonstram obediência a Deus, prejudicam o reino das trevas e isso deixa o inimigo louco. Algumas vezes ele vai nos atacar somente porque estamos progredindo.
Lembre-se, o objetivo do inimigo é roubar, matar, e destruir tudo o que ele puder. Ele vem para retirar nossos bons relacionamentos, fazer o que for possível para roubar a verdade existente na Palavra, nossa paz e alegria. A boa nova é que Jesus veio para destruir os trabalhos do inimigo, e para nos dar vida abundante e transbordante. Se nós concordarmos com o Senhor, ele nos dará vitória sobre Satanás em todos os momentos.
Uma coisa que realmente me ajudou a lidar com os ataques do inimigo, foi entender que todos os cristãos estão sofrendo estes ataques, e não somente eu. Esta era uma das mentiras que o inimigo sussurrava em meus ouvidos. Mas aprendi através da Palavra que os crentes ao redor do mundo sofrem os mesmos tipos de ataques o tempo todo. Por mais que tentemos evitar as tentações e tribulações, não conseguimos – Jesus disse que passaríamos por isso. Mas ele também disse: “... tende bom ânimo (coragem, seja confiante, certo, sem dúvidas)! Porque eu venci o mundo. (eu passei por isso e tudo o que conquistei foi por você e pra você)”. 

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Fonte:http://www.joycemeyer.com.br/jmbrasil/engine.php?pag=br_cont&br_sec=4&br_cat=26&br_cont=76

ECLESIOLOGIA: Aulas sobre Governo de Igreja

28.02.2015
Do portal VOLTEMOS AO EVANGELHO
Por Vinícius Musselman Pimentel*

governo-igreja

Tive a alegria de ser convidado pela Escola Charles Spurgeon para lecionar em uma Semana Magna sobre Governo de Igreja: “Como se deve andar na Casa de Deus – Um Padrão Bíblico de Governo para a Igreja Local”.

Governo de Igreja é o ramo da eclesiologia (estudo da igreja) que trata da estrutura organizacional e da hierarquia da igreja.Infelizmente, este é um assunto pouco ensinado e discutido hoje em dia. Vários motivos podem ser dados para essa situação, como: (1) desinteresse pela igreja local ou uma visão consumista de igreja, (2) o extremo dos desigrejados, (3) o outro extremo do institucionalismo morto, (4) autoritarismo e abusos de autoridade eclesiástica, (5) modelos de crescimento de igreja desraigados da Escritura e por aí vai.

Mas por que tal tema é importante? Primeiro, precisamos entender que o evangelho não gera somente indivíduos salvos, mas um povo redimido. Cristo morreu por sua noiva, o Pai possui uma família e o Espírito habita na igreja. Então, o evangelho gera a igreja. Em segundo lugar, precisamos compreender que a igreja gerada pelo evangelho é responsável por ser “coluna e baluarte da verdade” (1 Tm 3.15), ou seja, a igreja gerada pelo evangelho deve ser a proclamadora e protetora desse evangelho. Uma das formas que isso se dá, e podemos ver isso no contexto de 1 Timóteo, é através do “governo de igreja” ou, nas palavras do texto bíblico, de “como se deve proceder na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo”.

Tendo isso em vista, espero que estas aulas possam ser de ajuda introdutória sobre o assunto.
Sumário das aulas
Espero que essas aulas possam introduzi-lo no tema e instigá-lo a refletir no assunto. Na primeira aula, discuto a importância da igreja, através de um breve panorama na carta aos Efésios. Na segunda aula, mostro a importância de governo de igreja com exemplos reais. Na terceira e quarta aulas dou um rápido panorama nos principais modelos de governo de igreja (episcopal, presbiteriano, congregacionalista/batista e outros). Na quinta e sexta aulas aprofundo em modelos de governo de igreja, entrando em textos e conceitos bíblicos, principalmente naqueles em disputa entre presbiterianos e congregacionalistas, e exploro o padrão neotestamentário da liderança plural na igreja local (pluralidade de pastores ou presbíteros). 

Na sétima e oitava aula, leciono sobre membresia significativa e disciplina eclesiástica, sua base bíblica e importância para manter a pureza da igreja. Por fim, na nona aula e na sessão de perguntas e resposta, abordo a função de presbítero-pastor-epíscopo-bispo-líder, tratando de algumas questões mais práticas sobre pluralidade de presbíteros, da polêmica em torno de ministério pastoral feminino e das qualificações para o ministério, e, brevemente, a função dos diáconos.

Postaremos uma aula por semana, mas se você quiser encarar direto as sete horas e meia de aula, você pode acessar o site da Escola Charles Spurgeon.
  1. A Igreja: família do Pai, corpo do Filho e templo do Espírito
  2. Governo de igreja: importância e possibilidade [06/mar]
  3. Governo de igreja: panorama sobre os diferentes modelos [13/mar]
  4. Governo de Igreja: batistas vs. presbiterianos [20/mar]
  5. Governo de igreja: membresia e disciplina eclesiástica [27/mar]
  6. Governo de igreja: qualificações para o ministério pastoral [03/abr]

Livros Recomendados

Por fim, deixe-me recomendar alguns livros sobre o assunto:
O Que é uma Igreja Saudável?Se você nunca leu nada sobre igreja, recomendo começar baixando gratuitamente o e-book “O Que é uma Igreja Saudável?”. O livro é uma versão curta, introdutória e condensada sobre as nove marcas de uma igreja saudável. Se você está procurando uma boa igreja, recomendo fortemente que leia este livreto e procure pelas marcas citadas. Preste atenção naquilo que Dever coloca como uma marca essencial ou como uma importante e evite a todo custo uma “igreja” que não apresenta as marcas essenciais da pregação expositiva, uma boa teologia bíblica e um correto entendimento do evangelho.
Nove Marcas de uma Igreja SaudávelEm geral, todo livro do ministério 9Marks (9Marcas) dará uma boa e importante contribuição para uma eclesiologia saudável. Nove Marcas de uma Igreja Saudável, de Mark Dever (Editora Fiel), apresenta uma boa introdução sobre temas muitas vezes esquecidos hoje em dia. Esse foi o primeiro livro que começou a transformar meu entendimento de igreja, principalmente quando o observei sendo vivido na Capitol Hill Baptist Church. Lá percebi que as marcas trabalham junto e que, se alguém quer uma igreja saudável, não pode simplesmente focar em pregação expositiva, mas ignorar membresia e disciplina.
A Igreja e a Surpreendente Ofensa do Amor de Deus
 O que me leva ao segundo livro do ministério 9Marks: A Igreja e a Surpreendente Ofensa do Amor de Deus (Editora Fiel). Jonathan Leeman escreve de forma brilhante sobre membresia e disciplina eclesiástica e o relacionamento dessas duas doutrinas esquecidas com o amor de Deus. Os primeiros capítulos no qual ele discute a natureza do amor valem ouro. Leeman mostra que o amor não é contra “cercas”. No final do livro, ele ainda aplica o ensino a diferentes contextos.
Outros bons livros da série 9Marcas são Deliberadamente Igreja (uma livro prático de como a igreja de Mark Dever aplicou as nove marcas), Refletindo a Glória de Deus (um livro sobre congregacionalismo, membresia, pastores e diáconos) e O que é um Membro de Igreja Saudável? (as nove marcas na visão do membro de igreja – um livro que seria bom todo membro ler).
A Igreja de Cristo - James Bannerman
Se você quer conhecer mais o governo de igreja presbiteriano,a obra máxima sobre o assunto disponível em português é “A Igreja de Cristo” de James Bannerman. É uma obra extensa e abrangente, na qual o autor irá analisar desde os fundamentos da eclesiologia presbiteriana até contra-argumentar contra episcopais e congregacionais. Mesmo para quem não é presbiteriano de grande valia. Os capítulos sobre os limites do poder da igreja se faz muito necessário nos atuais dias de super-pastores e super-apóstolos. Você pode ler gratuitamente o capítulo no qual ele fala sobre os limites do poder da igreja quanto ao culto (princípio regulador) aqui.
Teologia Sistemática de Wayne GrudemTeologia Sistemática de Louis BerkhofQuase toda Teologia Sistemática terá um trecho sobre Eclesiologia, mas o grau de abordagem de Governo de Igreja irá variar. Para um panorama geral dos modelos de igreja com defesa do congregacionalismo recomendo a TS do Wayne Grudem e com defesa do presbiterianismo, do Louis Berkhof. Ferreira e Myatt abordam mais a eclesiologia de forma geral e McGrath, de forma histórica-polêmica.
Pastoreando a Igreja de DeusPastoreando a Igreja de Deus, do batista Phil Newton, é um excelente livro sobre pluralidade de presbíteros e ministério pastoral. O autor provê a base bíblica para ter uma liderança plural na igreja e conselhos para a transição de uma igreja liderada só por um pastor para uma igreja liderada por presbíteros. Newton afirma que “três elementos primários moveram-[no] em direção à pluralidade de presbíteros: as Escrituras, a história dos batistas e as questões práticas da vida eclesiástica.” A pluralidade de presbíteros é um antídoto importantíssimo à síndrome de pastor monarca em muitas igrejas.
Boa leitura!
*Vinícius Musselman Pimentel é formado em engenharia química pela UNICAMP e graduando em Teologia pelo Seminário Martin Bucer. Em 2008, fundou o blog Voltemos ao Evangelho ao conhecer a doutrina reformada e ser confrontado com a dura realidade teológica do Brasil. Atualmente, trabalha como Editor Online no Ministério Fiel. Vinícius é casado com Aline e vive em São José dos Campos/SP.
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Fonte:http://voltemosaoevangelho.com/blog/2015/02/aulas-sobre-governo-de-igreja/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+voltemosaoevangelho+%28Voltemos+ao+Evangelho%29

Não exceda os limites razoáveis

28.02.2015
Do portal MINISTÉRIO JOYCE MEYER
Por Joyce Meyer

Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós... e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo. 1 CORÍNTIOS 6.19-20

No mundo de hoje, o estresse faz parte da vida diária. Deus o criou para suportar níveis normais de pressão e tensão, e, se você se mantiver nos limites razoáveis, não haverá problema. Mas seu problema começará se não o fizer. Muitas situações de tensão são inevitáveis, mas freqüentemente você causa estresse extra a si mesmo por trabalhar demais, não se alimentar ou não dormir adequadamente, envolvendo-se em muitas atividades, até mesmo nas boas obras, o que faz com que você exceda limites sábios. Se você continuar a adicionar mais estresse mental e emocional à sua vida, terá problemas. Se você está vivendo além dos limites razoáveis, é tempo de lembrar-se do Espírito Santo que vive em você. 

Você pertence a Ele e deve deixar que Ele o ajude a reconhecer e permanecer nos seus limites. Não se permita sair de cena por esgotamento, mas permaneça ativo!

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Fonte:http://www.joycemeyer.com.br/jmbrasil/engine.php?pag=br_cont&br_sec=4&br_cat=7&br_cont=800

ROBINSON CAVALCANTI: A História dos Evangélicos

28.02.2015
Do portal ULTIMATO ON LINE, 30.11.11

A palavra “evangélicos” aparece em três sentidos: no sentido amplo, europeu, é apenas sinônimo de protestante; no sentido amplíssimo, latinoamericano, é sinônimo de todo cristão não-católico romano (o IBGE inclui, até, mórmons e testemunhas de Jeová); outro, restrito, específico, no sentido inglês, representa uma vertente da Igreja com ênfase no relacionamento pessoal com Cristo, em reação a uma religião estatal e sacramentalista. 
 
Embora o termo “evangélico” seja encontrado na Patrística e na Reforma, ele adquire um conceito mais claro e se torna um movimento na Inglaterra, na segunda metade do século XVIII e primeira metade do século XIX, culminando com a organização da primeira Aliança Evangélica em 1847. Resgatando uma herança que vem de Wycliffe, no século XIV, chegando até os Avivamentos, passando pela confessionalidade reformada, o puritanismo e o pietismo, deságua no movimento missionário do século XIX, do qual foi a sua proposta principal. A escatologia do movimento missionário ou era posmilenista ou amilenista, com clara opção por uma participação social e uma influência histórica.
 
J. I. Packer destaca como marcas do evangelicalismo
1. A Autoridade das Sagradas Escrituras; 
2. A Pecaminosidade da Raça Humana; 
3. A Expiação por Cristo na Cruz; 
4. A Necessidade de Conversão, ou experiência de Novo Nascimento; 
5. O Mandato Missionário Imperativo para todos os Cristãos. No contexto inglês do século XIX, se poderia acrescentar um sexto item: a Responsabilidade Social.
 
Evangélicos no Brasil

As missões protestantes históricas que se estabeleceram no Brasil entre 1855 e 1901 foram todas marcadas por uma identidade evangélica, o que significava um alto grau de consenso teológico, a despeito de diferenças periféricas, como sentido e forma dos sacramentos/ordenanças ou formas de governo eclesiástico. Esse consenso foi mantido entre as igrejas históricas brasileiras por mais de um século. Ele foi reforçado com a reação do Congresso do Panamá, de 1916, a equivocada decisão do Congresso Ecumênico de Edimburgo, de 1910, de excluir a América Latina do esforço missionário, por se tratar de um “continente cristão”. No Panamá se reafirmou a necessidade de se evangelizar – e em unidade – a América Latina com seu cristianismo nominal e sincrético. Por alguns anos uma entidade produziu um material de Escola Bíblica Dominical para a maioria das denominações, reforçando esse lastro comum, também implementado pela teologia do que se cantava nas igrejas, a partir do primeiro hinário, o “Salmos e Hinos”, compilados pela pioneira congregacional Sarah Kalley.
 
O principal instrumento de identidade e unidade desse período foi a Confederação Evangélica, que funcionou como importante elemento aglutinador e representativo do protestantismo nacional entre 1934 e 1964.
 
O dissenso protestante começa com a chegada do pentecostalismo de vertente “branca” (isolacionista, pré-minilenista/pré-tribulacionista) nos anos 1910, já refletindo as controvérsias norte-americanas da época, a partir do fundamentalismo, que começou como um movimento confessional em reação ao Liberalismo, mas, que, posteriormente, degenerou em uma ideologia sectária, anti-intelectual, e, até racista. O fundamentalismo inicial tinha as mesmas ênfases do evangelicalismo inglês dos séculos anteriores, adicionando-se os milagres e a segunda vinda.
 
A presença do liberalismo no Brasil foi muito periférica, e a do fundamentalismo, posterior e lenta (embora fundamentalismo e evangelicalismo compartilhem de doutrinas básicas comuns). Como a América Latina, a maioria das igrejas brasileiras optou por não se envolver com os três Conselhos Ecumênicos mundiais, mas foram afetadas pelas tensões ideológicas da Guerra Fria, e muito afetadas pelo ciclo de regimes militares no continente.
A Fraternidade Teológica Latino-americana (FTL) surge no início dos anos 1970 como uma escola de pensamento evangélico tomando o continente e seus problemas a sério e em abertura para a contribuição das Ciências Sociais. Nos Estados Unidos, no pós-Segunda Guerra Mundial, surge o movimento neo-evangélico como reação moderada aos exageros do fundamentalismo, editando a revista “Christianity Today” e motivando a realização do Congresso de Evangelismo de Berlim, 1966, gênese do que seria, a partir do evento de 1974, o Movimento de Lausanne, inicialmente não bem recebido no Brasil, por ser considerado avançado demais pelos conservadores e moderado demais pelos avançados.
 
A Confederação Evangélica havia sido fechada durante do regime militar e ficamos muitos anos sem um órgão aglutinador e promotor da unidade. Os congressos brasileiros e nordestino de evangelização irão sinalizar um novo tempo, que se desdobra com a criação da AEvB (Associação Evangélica Brasileira), que marca época, mas sofre uma crise insanável em decorrência da personalização da sua liderança, criando novo vácuo, em uma igreja já marcada por uma amnésia histórica, com a Escola Dominical enfraquecida e a teologia evangélica dos hinários substituída pela vagas odes/mantra a uma divindade monoteísta promotora de bênçãos individuais que marcam o “louvor” atual, em  um declínio do consenso, agravado pela chegada da Teologia da Batalha Espiritual, da Teologia da Prosperidade e pela fragmentação denominacionalista, com a racionalidade institucional cada vez mais substituída pelas lideranças carismáticas caudilhescas e o surgimento de “dinastias eclesiásticas”.
 
É com esse pano de fundo que estamos criando a Aliança Evangélica, que se espera seja uma herdeira atualizada e brasileira da Aliança Inglesa de 1847 e suas marcas confessionais inegociáveis.
 
O quadro fracionado, confuso e divergente do protestantismo brasileiro não faz prever a criação de uma barca, onde caibam todos os bichos, mas de uma frotilha, onde o nosso barco, de início modesto, pretende estar aberta aos evangélicos, crentes e éticos, comprometidos com a identidade e a unidade sonhada pelo Senhor da Igreja.
 
As ações do nosso presente e os planos para o nosso futuro não poderão se dar sem a fidelidade ao legado do passado. Revitalizar o evangelicalismo em unidade, a despeito dos óbices da época (individualismo, subjetivismo, relativismo, hedonismo) é a nossa tarefa, ajudando-nos o Senhor.

 
Nota

Artigo baseado na preleção do autor feita no 1º Fórum da Aliança Evangélica no dia 25 de novembro de 2011, em Brasília (DF).

 
Leia mais


*Foi bispo anglicano da Diocese do Recife e autor de, entre outros, Cristianismo e Política — teoria bíblica e prática histórica e A Igreja, o País e o Mundo — desafios a uma fé engajada. Faleceu no dia 26 de fevereiro de 2012 em Olinda (PE). 
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Fonte:http://www.ultimato.com.br/conteudo/a-historia-dos-evangelicos