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domingo, 19 de outubro de 2014

Por quê ?

19.10.2014
Do portal JESUS É A PALAVRA, 13.10.14


"Sabemos que tudo quanto nos acontece está operando para o nosso próprio bem,se amarmos a Deus e estivermos ajustados aos Seus planos" (Rm 8:28,Nova Bíblia viva).

É muito fácil entender e aceitar a mensagem desse verso quando tudo está indo bem em nossa vida:aprovação no vestibular,compra do primeiro carro,nascimento de filho saudável,casamento com alguém a quem se ama,etc.No entanto,quando um trem sai dos trilhos e inocentes são feridos e mortos,quando um cancer atinge uma criança de apenas 5 anos,quando um barco afunda levando consigo pessoas qu eestavam procurando ajudar o próximo,somos confrontados com a inquietante pergunta:"

Por que Deus permite que coisas ruins aconteçam as pessoas boas?"

Existem algumas tentativas de respostas.Vejamos algumas delas:"Coisas ruins acontecem tanto a pessoas boas quanto a pessoas más."Não existe uma moralidade nos fatos;só existem causa e efeito,leis naturais." "Deus não tem nada a ver com isso porque a verdade crua e simples é a de que Ele não existe." É claro que esse tipo de resposta (vou chamá-la de ateista)não pode satisfazer a maioria de nós,que acreditamos que Deus existe.Ainda assim,mesmo descartando essa resposta,a pergunta continua soando insistente:"

Por que?"

Outro tipo de resposta seria:"Coisas ruins acontecem,isso é um fato. Deus é o Criador,isso é um fato.E a verdade é que Ele no Se importa porque está muito distante daqui agora." Ese tipo de resposta (vou chamá-la de deista) chega bem perto de nos revoltar;afinal,que tipo de Deus é esse,que cria e abandona?seria um espécie de Pai cósmico ausente,que não Se importa com o sogrimento de Seus filhos?Não podemos aceitar isso!No entanto,para nós que acreditamos em um Deus onipotente e amoroso,o questionamento de Epicuro continua ecoando:"Se Deus pode acabar com o mal,mas não quer,é monstruoso;se quer,mas não pode,é incapaz;se não pode,nem quer,é impotente e cruel;se pode e quer,porque não o faz?"

Quando a tragédia atinge o outro,o vizinho,o meu irmão,tentamos racionalizar,explicar,consolar:"Todas as coisas cooperam para o bem [...]".Mas,quando a tragédia aponta seu dedo cruel para nós,dizendo "agora é a sua vez",geralmente nossa reação é perguntar:"

Por que?Por que comigo?Por que agora?

Felizmente,nosso estoque de respostas ainda não acabou.E para nós que acreditamos que existe um quado explicativo maior,chamado de "o grande conflito",resta um tipo de resposta (que nem sempre é reconfortante)."Coisas ruins acontecem,mas Deus tem um propósito ainda que eu não entenda." E por que,às vezes,essa resposta não é reconfortante?

A pergunta "por que" revela uma necessidade peculiarmente humana de encontrar  o sentido,o propósito (e essa é a palavra-chave na resposta a esse  ministério),ou seja,a explicação para o que está acontecendo especificamente comigo ou com aqueles que eu amo.É claro,sabemos que um dia o conflito irá acabar "e Deus enxugará dos olhos toda lágrima",mas a dor presente às vezes parece tão grande,tão pesada!E,para piorar a situação,a impertinente pergunta continua lá,cutucando nossa mente:"Po que?"

Humildemente,proponho uma tentativa de resposta para os contínuos porquês que nos assolam.Minha resposta está estruturada na diferença entre uma foto e um filme.Pretendo esclarecer isso através de dois exemplos:

No primeiro,observamos uma foto e,de maneira bem clara,vemos nela um edifício.No sexto andar,há uma menina pendurada na janela,presa a um  homem que a segura somente pelas mãos.Do lado do homem,há uma mulher que parece desesperada,gritando algo.-Como você interoretaria essa foto?Uma possível  e provável explicação seria:A menina estava caindo e foi segurar pelo homem (provavelmente o pai);a mulher gritando seria a mãe,pedindo desesperadamente que o pai a salvasse.

No segundo exemplo,observamos uma foto e nela há um rapaz deitado em um sofá.Ela está de olhos fechado e,aparentemente,dormindo.Ao seu lado,em pé encontra-se um homem idoso com uma faca próxima ao pescoço do jovem.-Como você interpretaria essa foto?Novamente,uma possível e provável explicação seria:O jovem está dormindo em seu apartamento e o velho está tentando roubá-lo ou assassiná-lo.

Como você já deve estar suspeitando,uma foto pode conduzir a conclusões bastante equivocadas.No primeiro caso,por exemplo,quando trocamos o modo de exibição para "filme",o que se percebe é o seguinte:

O prédio é o Edifício London,no distrito de Vila Guilherme,em São Paulo.A data da gravação registra 29 de março de 2008.A menia de 5 anos,que está pendurada pelos braços é Isabella Nardoni.O homem que a "segura" é Alexandre Nardoni e a mulher que grita é ann Carolina Jatobá,pai e madrasta de Isabella,condenados por homicídio doloso triplamente qualificado.Ous eja,no desenrolar do filme,segundo a conclusão da justiça,eles não estavam tentando salvar a menina.

No segundo filme,descobrimos que o velho com a faca na mão apontada para o pescoço do rapaz, é apemas um pai amoroso tentando,contra todos os seus instintos paternos,obedecer à ordem de Deus para sacrificar seu unico filho,o filho da sua velhice,o jovem que está de olhos fechados,mas acordado e bem consciente do que estava prestes a acontecer.Por ser mais forte e mais ágil,o filho poderia ter se livrado daquela situação,se quisesse.Ou seja,esse filme conta a história de Abraão e Isaque.

Diante disso,fica a lição de que,ao procurarmos a resposta para os porquês das tragédias que especificamente nos atingem,geralmente temos acesso somente às "fotos".O flash instantâneo da situação muitas vezes nos cega,nos confunde e não nos permite ver que a história ainda não terminou.Estando imersos na dor,é muito difícil entendermos que "Deus não conduz jamais Seus filhos de maneira diferente da que eles escolheriam se pudessem ver o fim desde o princípi,e discernir a glória do propósito que estão realizando  como Seus colaboradores."Nessa situação,algumas vezes chegamos até mesmo a duvidar de que Deus seja realmente um Pai amoroso,que está ao nosso lado nas tribulações.Portanto,nesses momentos,é importante ouvir o que Deus está nos dizendo:"Eu é que sei que pensamentos tenhos a vosso respsito,diz o Senhor;pensamento de paz e não de mal" (Jr 29:11,ARA).

Pense na situação de Jó:Hoje,para nós,é muito fácil explicarmos tudo o que estava acontecendo na vida dele,pois,ao antever o filme do "filme",sabemos entender o porque de tudo aquilo que o atingiu.No entanto,para ele que perdeu sete filhos de uma só vez,além das fazendas e bens;para ele cujo corpo ficou inteiramente coberto de feridas abertas,cheias de puz dos pés à cabeça,e cuja esposa "aconselhou"que o mais lógico seria almaldiçoar a Deus e morre;para ele  cujos amigos,analisando a sitação,concluiram que Deus  o estivesse castigando por causa de algum pecado,o porque  era a pergunta fundamental:Deus, por que todo esse sofrimento?"O que fiz para merecer isso?Qual é o propóstio de tudo isso?Será que Deus me abandonou?

A resposta inspirada é:"Deus dirige Seus filhos por um caminho que eles não conhecem;mas não Se esquece dos que nEle põem a confiança,nem os rejeita.Permitiu que a aflição sobreviesse a Jó,mas não o abandonou.[...]Deus pemite que as provações assaltem Seu povo,a fim de que,pela sua constância possam,eles mesmos,enriquecer espiritualmente,e possa seu exemplo ser uma fonte de força aos outros.[...]

As mesmas provações que da maneira mais severa provam nossa fé,e fazem parecer que Deus nos abandonou,devem levar-nos par amais perto de Cristo,para que possamos depor todos os nossos fardos a Seus pés,e experimentar a paz que Ele,em troca,nos dará."
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Fonte:http://www.jesuseapalavra.com/ARTIGOS%20Por%20que.html

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