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sábado, 21 de dezembro de 2013

O modelo de oração

21.12.2013
Do blog ESTUDOS DA BÍBLIA
Por Sewell Hall

Quando um discípulo de Jesus lhe pediu: "Senhor, ensina-nos a orar", sua resposta imediata foi dar-lhe um modelo de oração. É  apenas ligeiramente diferente daquela registrada em Mateus 6:9-13. Nenhum estudo de oração seria completo sem um cuidadoso exame deste modelo.

Infelizmente, o modelo de oração de Jesus, como muitos dos seus ensinamentos, tem sido abusado seriamente. Alguns acreditam que a mera repetição dela seja uma obra de mérito, que compra a graça de Deus, por isso repetem o que chamam Pai Nosso centenas de vezes, acreditando que quanto mais frequentemente a repetirem, maior será a graça recebida. Outros repetem-na de modo totalmente mecânico, supondo que simplesmente ao dizer as palavras estejam satisfazendo as instruções de Deus para orar.

Ambos estes costumes violam o ensinamento de Jesus no próprio contexto no qual o modelo é encontrado, em Mateus (6:5-8).

Jesus nunca pretendeu que sua oração fosse rezada palavra por palavra. Muitas orações de Jesus e de seus discípulos são registradas no restante no Novo Testamento, mas nenhuma vez encontramos uma repetição das palavras tais como foram ditas no modelo. Alguém que julgue que deve fazer esta oração exatamente tem que decidir se vai usar a forma encontrada em Mateus ou Lucas e não há modo de se fazer tal julgamento. Além do mais, esta a oração servia melhor no período antes que o reino fosse estabelecido e antes que Jesus desse instruções para que as orações fossem em seu nome (João 14:13-14).

Que uso, então, deve ser dado a esta oração? Como já foi sugerido, ela é um modelo. Um mestre marceneiro pode fazer uma mesa muito simples para um aprendiz e então dizer: "Quando você fizer uma mesa, faça como esta". Ele não diz que cada mesa que o aprendiz fizer no resto de sua vida seja exatamente naquele tamanho e desenho. Na verdade, conforme o estudante progride em habilidade, pode fazer mesas de muitos modelos usando o exemplo que seu mestre lhe mostrou. Quando Jesus deu este modelo, ele disse: "Portanto, vós orareis assim"(Mateus 6:9). O restante das orações encontradas no Novo Testamento refletem as qualidades e características deste modelo.

Alguém descreveu esta oração como uma "expressão simples e sem adornos do desejo do coração". Diferente da oração dos hipócritas, esta é claramente voltada para Deus antes que para aquele que está orando ou outros seres humanos que possam estar ouvindo. Este fato determina todas as outras características dela.

É uma oração simples, não contendo floreados ou frases de oratória. É apenas uma petição tal como se poderia esperar que fosse apresentada por um filho respeitoso a um pai amoroso.

Ela é uma oração curta, entretanto contém todos os elementos que são desejáveis na oração.
É uma oração espiritual. A única petição por necessidades físicas estabelece a legitimidade dos pedidos temporais, mas a preponderância das preocupações espirituais reflete a ênfase adequada no coração do suplicante.

Ela é uma oração organizada, movendo-se do geral para o pessoal e sugerindo que uma organização de pensamentos não deve ser evitada, ainda que, às vezes, as orações possam brotar do coração como uma fonte jorrando.

Talvez o modelo de oração devesse ser pensado como um esboço muito parecido com o que um orador usa. É apenas um esqueleto de maiores tópicos a serem desenvolvidos na apresentação. Nesta oração há um começo, uma palavra de respeito, uma expressão de preocupação pelo reino de Deus e a vontade de Deus, uma petição por necessidades pessoais temporais e duas por necessidades pessoais espirituais. As circunstâncias particulares nas quais uma oração é feita pode bem determinar a importância dada a qualquer uma destas petições, mas numa oração geral todos estes elementos serão apropriados.

Aquele que oferece, de seu próprio coração, uma oração que segue este modelo, revelerá muito sobre si mesmo. Ele revela que é um filho do Pai, que respeita a Deus, que busca primeiramente "o seu reino e a sua justiça", que está contente com a dádiva de Deus para suas necessidades diárias e não está ansioso pelo amanhã, que está preocupado com seus próprios pecados e está disposto a perdoar os pecados dos outros, e que, verdadeiramente, deseja evitar o pecado e andar nos caminhos da justiça. Analise suas próprias orações. O que elas revelam sobre você?

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