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sábado, 30 de novembro de 2013

MÁS COMPANHIAS — BARREIRAS PARA O CRISTÃO

30.11.2013
Do portal ULTIMATOONLINE
Por  Pr. Wilson Nunes*

Texto Básico: Provérbios 6.12-19
Texto devocional:  Salmo 51.1-19
Versículo-chave:  1Pedro 1.14
“Como filhos da obediência, não vos amoldeis às paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância”

Alvo da Lição: Fazer uma advertência contra os criadores de encrenca e quanto ao perigo de se relacionar com pessoas dessa índole.
Leia a Bíblia diariamente
Seg Pv 6.12-19
Ter Rm 3.9-18
Qua Rm 5.12-21
Qui Pv 4.23-27
Sex Tg 3.1-12
Sáb Pv 4.14-15
Dom 2Co 6.14-18

Introdução
Os estudiosos modernos da área da educação costumam nos lembrar que tanto a formação do nosso caráter quanto da nossa personalidade ocorrem por meio da socialização. Eles ensinam que uma pessoa aprende atitudes, emoções e valores sendo socializada em uma cultura.
Porém, muito antes dos estudiosos, a Bíblia já ensinava que a aprendizagem se dá por meio de contato e convivência com os outros“andando pelo caminho” (Dt 6.7; Pv 4.3-4). Mas ela vai além, quando afirma que a influência das pessoas umas sobre as outras é uma força poderosa, que atinge a todos. Uma mente forte pode tornar-se impotente diante dessa pressão. Até mesmo o individualista mais convicto, em alguns casos, ajusta-se ao estilo de vida dos outros. Essa influência é mais forte do que qualquer um de nós gostaria de admitir. Queremos agir individual e Independentemente, mas, na realidade, ajustamos nosso comportamento, em grande parte, àqueles com quem convivemos. É claro que nem toda pressão que provém dos outros será errada. Entretanto, é preciso cuidado, pois muita pressão que enfrentamos está intrinsecamente ligada ao mal e todos os nossos valores e princípios se desvanecerão se não soubermos como resisti-la.
O texto de hoje quer nos advertir acerca de uma das maiores barreiras da vida cristã: as más companhias. Vejamos a seguir como esse tipo de má influência pode ocorrer.
I. O coração maldoso (Pv 6.12-15)
A palavra Belial (do hebraico: beli = ”sem” e ya’al = ”proveito”) descreve um tipo de caráter maligno; uma pessoa malvada, que não tem valor (1Sm 2.12; 1Rs 21.10). Mas esse caráter maligno não diz respeito apenas a indivíduos ou a pequenos grupos de amigos, pois ele pode permear toda a cultura de uma sociedade.
Basicamente, o nosso ambiente social hoje é eticamente pernicioso. A degeneração moral de nossa sociedade tem-se acelerado grandemente nas últimas décadas. Duas causas básicas respondem por essa degeneração: o aumento de nossa riqueza e o crescente impacto da televisão. Jerry White, destacando essas duas causas, faz o seguinte comentário: “Quando nos tornamos mais ricos, nosso foco muda-se do trabalho pela sobrevivência para o prazer pessoal e autoindulgência.
Porém, o real ‘modificador da mente’ é indubitavelmente a TV. Nos últimos anos, a televisão tem tido pelo menos tanta influência na educação dos jovens quanto a escola. E, enquanto as escolas públicas deixam de ensinar os valores morais, os programas de televisão refletem a aceitação ampla, pela sociedade, da nova ideologia moral – que reflete padrões cada vez mais baixos. Muitos dos programas mais populares são aqueles que mostram problemas de desvios morais. Com a pressão enorme dos fatores citados, muitos deles diretamente contrários aos ensinos das Escrituras, logo começamos a aceitar os padrões da sociedade. É como se nos tivessem feito uma lavagem cerebral”.
Como a Bíblia nos ensina a enfrentar essa pressão?
1. Não conformação (Rm 12.2)
É isso o que as Escrituras nos dizem. Ou como J.B.Philips parafraseia: “Não deixe o mundo à sua volta moldá-lo, e, sim, que Deus transforme você de tal modo que toda a sua atitude mental seja modificada”.
2. Resistência (1Pe 1.14)
“Como filhos da obediência, não vos amoldeis às paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância.” Note-se que estes dois enunciados bíblicos são uma ordem direta – não apenas uma sugestão. É-nos ordenado sermos diferentes do mundo.
II. O amigo da onça (Pv 6.16-19)
Este termo popularizou-se na descrição daqueles tipos de “amigos” que tramam o mal contra  nós ou nos envolvem em situações desagradáveis. Além do prejuízo material, físico, emocional e social que tais influências produzem, há também o prejuízo espiritual, que é o pior, pois Deus detesta gente que induz outros ao pecado. Em Provérbios 6.16-19, sete coisas detestáveis são expressas referindo-se ao tal Belial. Só uma pessoa igual a ele pode usar olhos, língua, mãos, coração e pés para o mal. Examinemos todas essas características maléficas, sejam de um Belial ou de outro igual.
1. Olhos orgulhosos (Pv 6.16)
São olhos altivos, arrogantes, como de alguém que se acha superior às outras pessoas. Há gente assim: olha para nós como se fosse senhor de tudo. Essas pessoas têm um sério defeito de caráter. São criaturas más, que no fim não demorarão a serem quebradas, sem que haja cura. A intervenção de Cristo é a única ação capaz de transformar um caráter como esse.
2. Língua mentirosa (Pv 6.17)
Os mentirosos são capazes de grandes invenções malignas, inoculando veneno contra outras pessoas. A igreja sofre muito com tais pessoas, maledicentes, boateiras. O apóstolo Tiago tem um capítulo clássico sobre a língua, que vale a pena ser examinado (leia Tiago 3.1-12).
3. Mãos que ferem o inocente (Pv 6.17)
Quantos pistoleiros e assassinos agem hoje por todo o país. Que se pode dizer de tais indivíduos? Pode-se encher salas e mais salas com notícias sobre assassinatos. Já estamos fartos
de tantas notícias de morte e violência veiculadas pela imprensa. Ver mãos que derramam sangue é um quadro que se converteu em cena comum do nosso cotidiano.
4. Mente que trama perversidade (Pv 6.18)
Veja também Provérbios 4.23, que diz que é do coração que provém o mal. O assassino, aquele que tira a vida de outrem, concebeu antes o crime no coração. O coração que trama projetos iníquos é um coração que Deus aborrece e abomina. Somente Cristo pode reverter essa tendência maligna, criando no homem um novo coração.
5. Pés que correm para fazer o mal (Pv 6.18)
Quantos andam à cata do mal, usam seus pés dando passos para arruinar outras vidas? Mesmo aceitando que os pés dos crentes não correm para o mal, ainda assim quantas passadas se dão de casa em casa, levantando mexericos e intrigas? São pés que correm para fazer o mal.
6. Lábios que proferem falso testemunho (Pv 6.19)
Mentir num tribunal, onde se espera averiguar a verdade, é o procedimento mais abominável que uma criatura pode praticar. Nunca aconteça que cheguemos a tal condição. Foi esse tipo de pessoa que aceitou suborno para levantar falsas acusações contra Jesus (Mt 26.59-60; Lc 22.3-6). Jesus foi a maior vítima desse pecado.
7. Pessoa que provoca brigas na igreja e na família (Pv 6.19)
Seis coisas Deus aborrece, e a sétima Ele abomina. O que semeia contenda entre os irmãos, ou fica jogando um contra o outro, aparece aqui como o pior de todos. Não se trata de uma escala de pecados que vai aumentando. Todavia, o que semeia contenda entre os irmãos, o que desune a família de Deus deve ser mesmo um abominável, porque do embate de um contra outro nasce tudo que há de pior. Esse tipo de pecado precisa ser seriamente combatido na igreja. Quantas contendas e brigas entre irmãos na igreja resultam do trabalho de um semeador de intrigas!
Este texto de Provérbios deveria ser uma espécie de cartilha, um manual que todo crente deveria saber de cor. Todos deveríamos ter ciência dos nossos defeitos e da destruição que eles acarretam.
Conclusão
A despeito da intensidade da pressão que enfrentamos há coisas que podemos fazer para lidar com ela.
1. Seja honesto. Reconheça a tendência de sucumbir. Isto significa redobrar o cuidado na escolha dos seus amigos.
2. Examine sua vida espiritual. Há algum pecado com que você esteja tendo problemas?
3. Desenvolva convicções espirituais. Tem você desenvolvido convicções pessoais quanto ao que pensar, à linguagem e aos estilos de vida? Siga o conselho de Filipenses 4.8-9.
4. Seja uma influência boa. Aprenda a influenciar positivamente as pessoas, em vez de ser influenciado pelos maus. Algumas pessoas podem estar esperando que você se oponha à maioria e as encoraje a resistirem também.
5. Bata em retirada. Quando tudo o mais falhar, fuja. Quando não puder resistir ou  influenciar os outros, você tem de se retirar da situação. “Não entres na vereda dos perversos, nem sigas pelo caminho dos maus. Evita-o; não passes por ele; desvia-te dele e passa de largo” (Pv 4.14-15).
*Autor da lição: Pr. Wilson Nunes

Estudo publicado originalmente pela Editora Cristã Evangélica, na revista “Um Guia para Viver Bem”. Usado com permissão.

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