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quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Desafios de um pastor entre radicais no Butão

21.11.2013
Do portal CPAD NEWS

Homem lidera três igrejas domésticas em três distritos diferentes no Butão


Desafios de um pastor entre radicais no Butão
Pedro, nome fictício para a segurança do cristão, viaja até as aldeias para encontrar os fiéis das igreja que lidera, orar por eles e incentivá-los a permanecer em Jesus. Em uma conversa com a Portas Abertas, ele compartilha sua história e os desafios de ministrar para uma minoria cristã em um país predominantemente budista.
 
Portas Abertas: Quantos cristãos frequentam uma típica igreja doméstica?

Pedro: Na maioria das vezes, uma igreja doméstica tem de 15 a 20 membros. Umas poucas chegam a 30 fiéis.

Portas Abertas: E a sua igreja doméstica, tem quantos membros?

Pedro: De 40 a 50.

Portas Abertas: Você vem de uma forte prática hindu. Quando você se encontrou com Cristo, você experimentou problemas por causa de sua fé? Você pode, por favor, compartilhar esta história?

Pedro: Uma vez, meu chefe budista me chamou e me perguntou por que eu me converti a Cristo. Ele disse que a minha religião (cristianismo) é "religião de estrangeiro". Então, eu compartilhei com ele como o Senhor Jesus me curou do meu problema de coração. Ele ficou furioso comigo; me obrigou a ficar em pé por um longo tempo em seu escritório, pensando que eu logo ficaria cansado e negaria a Jesus. Mas, quando ele viu que eu não cedia, ele me deixou ir e me advertiu para não formar grupos de oração e evangelização no meu local de trabalho. "Não crie problemas", ele me disse.
 
Portas Abertas: Quando ele disse: "Não crie problemas", o que ele quis dizer?
 
Pedro: Para eu não evangelizar nem converter ninguém ao cristianismo. Veja, eu tenho outras pessoas que trabalham sob a minha autoridade. Meu chefe temia que eu começasse a converter aquelas pessoas e criasse problemas. Ele estava preocupado, mas eu não forço as pessoas a virem a Cristo. Se elas estão interessadas , elas podem vir à igreja doméstica. 

Podem ouvir as boas novas de Jesus. Podem orar, mas não posso forçá-las a isso. Há cerca de três famílias em meu escritório, que agora são cristãs. Eu não posso ser o único ministro na vida delas; eu envio outros pastores e líderes para ajudá-las a crescer na fé.
 
Portas Abertas: Como você administra seu tempo entre um trabalho em tempo integral e um ministério de três igrejas domésticas?
 
Pedro: É muito difícil. Em alguns lugares, é muito arriscado visitar os cristãos, porque as comunidades budistas são bastante hostis ao cristianismo. Eles não gostam que nós ensinemos sobre Jesus. Eles não permitem que entremos em seus territórios. Então, faço minhas visitas à noite, e digo aos líderes locais que eu estou lá para ver alguns amigos. Uma vez, quando eu estava realizando uma reunião, os moradores ouviram. Eles vieram e jogaram pedras na casa.
 
Portas Abertas: O governo agora segue um sistema democrático parlamentar. Isso melhorou a situação dos cristãos no Butão?
 
Pedro: Se começarmos a pregar, batizar e nos reunir, a maioria budista estará muito atenta a isso. No passado, fazíamos tudo isso secretamente. Agora, há um pouco de liberdade, mas nós não podemos ficar expostos. Se informarem ao governo sobre nossas ações, pode haver problemas. Então, ainda somos cuidadosos. No Butão, sinto que muitos pastores e cristãos agem baseados em emoções e não em ensinamentos bíblicos. O governo não gosta disso. 

Os cristãos precisam de discipulado bíblico.
 
Portas Abertas: Você acha que a Igreja está pronta para uma democracia plena?
 
Pedro: Vai levar um longo tempo. No momento, ela não está pronta.
Portas Abertas: Então, qual é o próximo passo para a Igreja no Butão?

Pedro: O próximo passo deve ser equipar a Igreja com materiais e literaturas cristãs. O que estamos tentando fazer é unir os líderes para oferecermos um treinamento a eles. Precisamos também melhorar nossa comunicação, para que possamos responder biblicamente à perseguição que acontece em diferentes áreas.

Portas Abertas: Se todos os líderes cristãos no Butão estiverem reunidos em um só lugar, qual deve ser o primeiro assunto a ser falado?

Pedro: Eu creio que devemos falar sobre como fazer com que os cristãos fortaleçam sua fé e, ao mesmo tempo, como lidar com o governo, com a sociedade; algum tipo de programa de conscientização sobre o que fazer quando a sociedade reclama de nós ao governo.

Portas Abertas: Qual é o principal ensino que você acha que os líderes precisam ouvir?

Pedro: No Butão, o que precisamos aprender é sobre a simplicidade da Igreja. Isso é muito importante. Temos diversas igrejas domésticas, mas não temos uma igreja registrada. Mais importante do que isso: precisamos conhecer o papel e a função da Igreja.
 
Pedidos de oração

• Ore para que as igrejas no Butão permaneçam unidas em Cristo.

• Peça pela proteção e sabedoria de Deus para Pedro e outros líderes itinerantes das igrejas domésticas no país.

• Interceda para que Deus mostre o caminho e para que os cristãos butaneses entendam a simplicidade, o papel e a função da Igreja.
 
Fonte: Portas Abertas
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Fonte:http://www.cpadnews.com.br/interna-12-19274.html

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