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quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Casamento Precoce - Consequências

27.11.2013
Do blog GOSPEL HOME BLOG, 03.11.2009
Por  Gutierres Siqueira


Lendo o blog do Júlio Severo, me deparei com um artigo escrito pela norte-americana Hilary White, intitulado Líderes evangélicos e católicos dos EUA perguntam: Por que adiar o casamento e convidar o pecado sexual e a solidão? Fatalmente fiquei preocupado após ler esse texto, pois é a pura admissão de nossa falência moral.White faz uma apologia do casamento precoce como um meio de evitar os pecados da sexualidade.

É fato que o casamento é um meio de expressar legitimamente os impulsos sexuais. Paulo recomenda aos que “não tiverem domínio próprio” (NRSV) para casarem, pois é melhor do que viver na prática do pecado (I Co 7.9). Mas isso não significa a opção mais apropriada para o cristão. Pois o sublime do homem cristão é ter o domínio próprio, como o próprio Paulo escreveu em outras epístolas (Gl 5.22, Rm 8).

Então, quando evangélicos e católicos fazem uma campanha como essa, simplesmente estão demonstrando a completa fraqueza moral do cristianismo hodierno. Em lugar de promoverem os princípios da moderação e da temperança, os cristãos buscam atalhos nessas campanhas (no mínimo vergonhosa) que atingem a superfície do problema e não a sua raiz. Seria o mesmo que promover a pintura de uma casa condenada pelos alicerces podres.

Casamento não é remédio para sexualidade doentia

Uma leitura apressada do texto de I Co 7.9, desprezando todo o contexto de “mortificação da carne” apresentada no Novo Testamento, leva muitos a acreditarem que o casamento é uma espécie de paliativo para os impulsos sexuais descontrolados. Se assim fosse, não existiria adultério, ou homens casados viciados em toda sorte de pornografia.

O cristão precisa aprender a mortificar a sua carne, cultivar a temperança e assim viver uma vida santa diante de Deus. Se 90% dos jovens evangélicos quebram os laços da castidade, isso é realmente falência moral, mas a solução não está nos remendos, e sim nos princípios bíblicos incutidos no coração do crente. Esse é realmente o caminho mais difícil, porém é correto e digno.

O psicoterapeuta protestante Antônio Tadeu Ayres escreve:
O casamento em idade precoce do jovem, para a preservação de sua pureza sexual
e, em detrimento de sua formação intelectual, constitui apenas uma solução
paliativa e um adiamento do problema, que se manifestará, com consequências
ainda piores, numa idade mais madura [1].
Como não concordar com Ayres? A prática do dia-a-dia nos mostra essa superficialidade do casamento precoce para preservação da sexualidade na juventude.As infelizes consequencias de um casamento imaturo Queira ou não, vivemos em uma sociedade competitiva, que demanda dos jovens esforço e determinação nos estudos e no trabalho. Isso em si não é nenhum mal. O trabalho é dignificante e foi inventado por Deus no Éden (Gn 2.15).

Portanto, precisamos de qualificação profissional e acadêmica. O casamento pode ser um empecilho para um dos cônjuges nesse processo. Será que é bom para um casamento que o casal se veja somente nos domingos, por causa da alta demanda de trabalho e estudo durante a semana? É claro que não. Pior ainda é se o casal já tem um filho. A educação da criança ficará comprometida.Outra questão é que muitos jovens não estão preparados racionalmente e emocionalmente para a grande responsabilidade que é um casamento. Conheço jovens que casaram sem emprego, nem casa própria, nem com os estudos em andamento. Isso é ou não uma grande irresponsabilidade?

Conclusão

Portanto, sejamos prudentes antes de recomendar o casamento precoce. O mais importante é cultivar o fruto do Espírito, tendo uma vida moderada e com domínio próprio. Agora, se o cristianismo contemporâneo está falido em sua moralidade, não é por meio dessa campanha que as coisas resolverão. Isso só mostra até que ponto chegamos!

Autor: Gutierres Siqueira
Fonte: Teologia Pentecostal
Título Original: Uma Admissão da Falência Moral

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